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Fatecs Jahu e Marília realizam ações educativas para infância

Na semana do Dia da Criança, projetos voltados à infância mostram que o direito de brincar e o contato com a natureza são parte importante da formação dos pequenos

10 de outubro de 2025 8:45 am Fatec

Botões em relevo, mesa tátil e bola com guizo tornam o jogo acessível a participantes com deficiência visual ou autismo l Foto: Divulgação

Duas Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatecs) vêm realizando projetos com foco em inclusão, educação e extensão universitária voltados às crianças. As atividades contam com envolvimento direto de estudantes, professores, instituições parceiras e comunidade local.

Na Fatec Jahu, o Toque de Craque, uma versão acessível do jogo de botão, com adaptação sensorial por meio de texturas, relevos e sons, propõe uma alternativa de lazer para crianças e adultos com deficiência visual ou com diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA). O projeto surgiu a partir de uma demanda do Centro de Inclusão Social e Convivência (Cisc) do município. 

A iniciativa foi do estudante Erick Henrique Martins, do curso de Gestão da Produção Industrial, com orientação dos professores Flávio Cardoso Ventura e Marcos Antonio Bonifácio. A produção incluiu confecção de peças em impressora 3D, testes com usuários e validação junto à comunidade atendida pelo Cisc.

As adaptações abrangem mesa com marcações táteis, botões em relevo, trave ampliada e bolas com guizos. O jogo conta, ainda, com regras baseadas no futsal e futebol de botão, além da presença opcional de um mediador para apoio. O protótipo foi selecionado para a 16ª Feira Tecnológica do CPS (Feteps), realizada na semana passada na Capital.

A iniciativa vai além da acessibilidade física. “Queremos promover a inclusão de forma lúdica. Estamos criando uma funcionalidade sonora que emite um aviso quando sai um gol. Vai anunciar o time, o placar e será configurável por comando de voz via bluetooth”, detalha o estudante.

Agricultura familiar

Outra iniciativa vem da Fatec Marília – Estudante Rafael Almeida Camarinha, que desenvolve, há mais de uma década, ações de ensino, pesquisa e extensão em parceria com o Sítio Olho D’Água, localizado no Distrito de Padre Nóbrega, zona rural do município. A propriedade, voltada à produção artesanal de café e à educação ambiental, passou a integrar, neste ano, uma série de atividades relacionadas à formação de estudantes e da comunidade escolar local.

Nesta semana, o sítio recebeu alunos de escolas municipais vizinhas para vivências educativas sobre agricultura, cafeicultura, sustentabilidade e alimentação. As visitas foram organizadas pelas professoras Renata Pardo, Claudia Dorta, Juliana Giannoni e Flávia Farinazzi. As crianças, com idades entre seis e sete anos, participaram de oficinas e conheceram os processos de plantio, colheita e torrefação do café.

Como resultado da visita, estudantes produziram desenhos e atividades artísticas inspiradas no contato com a agricultura familiar. As obras foram expostas em escolas e agora integram uma mostra montada no hall de entrada da Fatec Marília, em homenagem ao Curto Circuito de Cafés, projeto de extensão científica coordenado pelas professoras da instituição.

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