Número de alunos das Faculdades de Tecnologia do Estado que participou dos intercâmbios virtuais no segundo semestre de 2020 cresceu 46% em relação ao mesmo período do ano anterior
Aquisição de competências linguísticas e interculturais é um dos benefícios dessa abordagem pedagógica para os alunos l Foto: Freepik
O número de alunos das Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatec) que participou dos intercâmbios virtuais no segundo semestre de 2020 cresceu 46% em relação ao mesmo período do ano anterior. Ao todo foram 833 estudantes atendidos, com a participação de 35 professores de 20 Fatecs e 17 Instituições de Ensino Superior estrangeiras.
Os Projetos Colaborativos Internacionais – Intercâmbios Virtuais são oferecidos desde 2013 pela Unidade do Ensino Superior de Graduação (Cesu) do Centro Paula Souza. O programa, que começou pela Fatec Americana, consiste na troca de experiências entre uma turma de Fatec e outra de uma instituição de ensino superior localizada em outro país. A disciplina não precisa necessariamente ser a mesma.
Um exemplo é o intercâmbio entre a Fatec Barueri e a Florida International University. Os estudantes brasileiros do curso Técnico de Design de Mídias Digitais trabalham em conjunto com alunos da faculdade americana que estudam questões de gênero. Há também estudantes das Fatecs São José do Rio Preto, Piracicaba, Franca, Sebrae (localizada na Capital) e Itaquaquecetuba que aprendem inglês com alunos chineses da Tianjin Normal University.
O coordenador de Projetos Colaborativos Internacionais da Cesu, Osvaldo Succi Junior, explica que, no primeiro semestre de 2020, o número de intercâmbios caiu porque a pandemia desregulou os calendários acadêmicos. No caso do Centro Paula Souza, as férias foram antecipadas para que a instituição pudesse se organizar para os trabalhos remotos.
Já no segundo semestre, as facilidades do ambiente digital animaram os professores e foi possível expandir a oferta de intercâmbios. “Acredito que a própria pandemia nos trouxe um aclaramento de que estamos interligados e isso se refletiu nos nossos números”, afirma Succi Junior.
O educador enumera os benefícios desses intercâmbios: aprendizado da disciplina de forma diferenciada, aquisição de competências linguísticas e interculturais, habilidades de letramento digital, competências para trabalhos em grupos internacionais.
Em 2021, essas experiências internacionais continuam sendo realizadas pelas Fatecs e está em estudo a possibilidade de essa abordagem ser levada também às Escolas Técnicas Estaduais (Etecs).