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Projeto de briquetadeira da Fatec Taquaritinga é portátil e sustentável

Lenha ecológica resultante de protótipo criado por estudantes apresenta várias vantagens em relação a modelo industrial; solução foi premiada em simpósio tecnológico

15 de abril de 2025 9:44 am Fatec, Institucional

Blocos prensados na briquetadeira: reaproveitamento de resíduos vegetais em processo que dispensa uso de energia | Foto: Divulgação

Conhecido como lenha ecológica, o briquete acaba de ganhar uma versão ainda mais sustentável: uma briquetadeira feita à base de ferro que prensa os resíduos a frio, ao contrário dos equipamentos industriais, que demandam alto custo energético de produção. Essa é a proposta do projeto Elaboração de uma briquetadeira artesanal para produção de briquetes a partir de resíduos vegetais regionais, das alunas Laryssa Natielli Damião e Evelyn Vieira Lemesa, bolsistas de iniciação científica do curso de Agronegócio da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Taquaritinga.

Há ainda outro fator que torna a briquetadeira artesanal sustentável: o uso tanto de resíduos industriais quanto de resíduos vegetais, como a casca do amendoim ou do arroz, presentes na região. “A função da briquetadeira é compactar esses resíduos num formato cilíndrico que lembra a lenha vegetal. Por isso, o briquete é considerado uma lenha ecológica”, explica Vanessa Amaro Vieira, orientadora das estudantes no projeto.

No caso da briquetadeira artesanal, uma fonte de calor é usada apenas para aquecer a água que umidifica a serragem – parte da matéria prima. A professora, que ministra as disciplinas Biocombustíveis, Agroecologia e Tecnologias Florestais, queria estudar os resíduos da região, área de fruticultura.

Mesmo que seja um pequeno protótipo, o briquete pode ser fabricado em menor escala e para uso doméstico (lareiras e churrasqueiras) ou comercial (em fornos de pizzarias). “O nosso produto final tem alto poder calorífico e gera menos fumaça”, informa Vanessa, que lista mais vantagens: o tamanho reduzido dos briquetes requer pouco espaço de armazenamento. Ao contrário da lenha, não faz sujeira nem atrai insetos.

Premiado no Simpósio Tecnológico da Fatec Jaboticabal (Sitec), o projeto deve ser transformado em artigo científico. “Fizemos uma briquetadeira artesanal e deu certo. Mas, para aperfeiçoar o projeto, será  preciso algum fomento”, destaca.

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