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Professora de Etec de Jundiaí revela as origens do Halloween

Popular nos EUA, festividade de origem celta vem conquistando o País com temática que permite a criatividade por meio de fantasias e decorações assustadoras

25 de outubro de 2023 10:37 am Institucional

No Brasil, celebração foi influenciada pela ascensão da cultura pop internacional, filmes de terror e séries de televisão I Foto: Freepik

O Halloween, uma festividade de origem celta que transcende séculos de tradição, tem conquistado espaço no Brasil, além de ser um clássico nos Estados Unidos. Por trás das máscaras, fantasias e abóboras iluminadas, encontra-se uma história rica que se desenrola no tempo. A professora de inglês Beatriz Galhardo Oliva Sanches, da Escola Técnica Estadual (Etec) Benedito Storani, de Jundiaí, mergulha nas origens e evolução dessa festa, uma jornada que viaja das antigas celebrações celtas à incorporação de costumes cristãos e à sua forma moderna.

A origem histórica do Halloween remonta a uma antiga festividade celta chamada Samhain, que era celebrada em grande parte da Europa, principalmente nas regiões que agora compreendem a Irlanda, o Reino Unido e partes da França. “O Samhain marcava o fim do verão e o início do inverno e tinha conotações religiosas e culturais”, explica Beatriz.

Os celtas acreditavam que, nesta época do ano, a linha entre o mundo dos vivos e dos mortos se tornava tênue, permitindo que os espíritos vagassem livremente pela Terra. Para se proteger, eles acendiam fogueiras e usavam máscaras para confundir os espíritos malévolos.

Com a chegada do cristianismo à região, a Igreja Católica tentou cristianizar as festividades consideradas pagãs, estabelecendo o Dia de Todos os Santos, em 1º de novembro, seguido pelo Dia de Finados, em 2 de novembro. No entanto, muitas das tradições celtas do Samhain, como acender fogueiras, usar fantasias e fazer oferendas aos espíritos, persistiram e foram incorporadas a essas celebrações cristãs. A docente explica que a própria origem da palavra ‘Halloween’ é um exemplo da intervenção cristã, com ‘Hallow’ sendo um termo antigo para ‘santo’, e ‘eve’ significando ‘véspera’, denotando a noite anterior ao Dia de Todos os Santos.

Ao longo dos séculos, essas tradições evoluíram e foram incorporadas por outras culturas. Com a chegada dos colonizadores europeus aos Estados Unidos, o Halloween adquiriu uma forma mais próxima do que conhecemos hoje. As crianças começaram a se fantasiar e a percorrer as casas em busca de doces na década de 1920, solidificando assim a característica mais icônica da celebração.

Diferenças culturais e a evolução no Barsil

Nos Estados Unidos, o Halloween é uma festa de grande importância cultural, sendo uma de suas principais tradições o trick-or-treat (doces ou travessuras), na qual as crianças vestidas com fantasias percorrem as casas vizinhas pedindo doces.

 “O Halloween oferece uma oportunidade para as pessoas demonstrarem sua criatividade por meio de fantasias, decorações de abóboras e festas temáticas. As pessoas de todas as idades gostam de criar e usar fantasias que variam de assustadoras a engraçadas”, detalha a professora.

No Brasil, o Halloween tem ganhado popularidade nos últimos anos, principalmente entre os jovens. A influência da cultura pop, filmes de terror e séries de televisão americanas tornou a festa uma desculpa perfeita para se divertir com amigos, vestir fantasias criativas e saborear doces. “A celebração aqui no Brasil tende a ser menos intensa e focada em aspectos mais festivos do que em outros países, onde a festividade possui raízes culturais mais profundas, sendo celebrada de forma mais tradicional”, observa a docente.

Por aqui, é comum ver festas temáticas e decorativas assustadoras em casas e estabelecimentos comerciais, mas a ênfase está na diversão e na criatividade. O Halloween no Brasil é uma celebração que permite às pessoas expressarem o gosto por fantasias e doces, além de um toque de mistério, adaptando as tradições de outros países a um contexto cultural único.

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