Elzo Brito dos Santos Filho foi um dos convidados do episódio da série ‘Reconstrução da Educação’, promovida pelo Estadão; confira transmissão do evento no YouTube
Também participaram do debate Guilherme Dias, do Senai; Eduardo Zanini, da Geekie; e Priscila Gonsales, da Unicamp | Foto: Divulgação
O avanço da inteligência artificial (IA) na educação está modificando a sala de aula e a interação entre professores e alunos. A tecnologia oferece novas possibilidades, mas também levanta questões éticas e técnicas, que receberam atenção de especialistas no painel Desafios da Inteligência Artificial na Educação, promovido pelo Estadão nesta terça-feira (24). Entre os convidados, o professor e pesquisador Elzo Brito dos Santos Filho representou o Centro Paula Souza (CPS).
“O estudante não deve ser privado desta ou qualquer outra tecnologia, mas precisa aprender a forma consciente, ética e saudável”, comentou o educador, autor dos livros Prompts que Funcionam: Maximizando a Inteligência Artificial com Engenharia de Prompt e A Era da Inteligência Artificial.
Na mesa mediada por Victor Vieira, editor do caderno Metrópole, Elzo dividiu espaço com o supervisor de tecnologias educacionais do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Guilherme de Souza Dias; o diretor de produto da plataforma Geekie, Eduardo Zanini; e a pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Priscila Gonsales.
“A inteligência artificial não substituirá o professor, mas pode ajudá-lo a ter um dia a dia melhor. Afinal, o docente precisa preparar aulas, questionários, corrigir provas. E precisa viver, não é mesmo?”.
Entre as possibilidades de uso citadas, estão a facilidade para criar questionários baseados em conteúdo já desenvolvidos, acompanhamento do desempenho de alunos e calibragem do grau de dificuldade de avaliações. Adaptação de provas a estudantes com necessidades especiais ou atualização de conteúdos perecíveis, por exemplo.
Proteção de dados
A visibilidade de dados sensíveis na plataforma também é motivo de preocupação, ainda que a recém-criada Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) seja vista com bons olhos. As restrições impostas pela legislação são suficientes para evitar crimes cibernéticos, se cumpridas a risca.
“A LGPD cobre bem as questões legais de uso de dados e impõe restrições ao uso inadequado de informações pessoais ou empresariais, assim como as plataformas de IA possuem seus próprios limites de contenção bem definidos”, ressaltou o professor. “A questão é quando o aluno vai pra casa e passa a trabalhar com modelos mais abertos, aí a educação para ética torna-se ainda mais importante”.
Assista à transmissão: