‘Digital Week 2025’ reúne especialistas para debater como inteligência artificial e colaboração internacional impulsionam inovação no Ensino Superior e na formação profissional
Neste ano, tema do evento realizado na Université Côte d’Azur, em Nice, será ‘Transformação Digital na Educação Superior’ | Foto: Freepik
A experiência do Centro Paula Souza (CPS) na realização de intercâmbios virtuais é um dos destaques da International Digital Week 2025, que começa nesta segunda-feira (16) e segue até sexta (20), na Université Côte d’Azur, em Nice, na França. Representando a instituição, o coordenador de Projetos Colaborativos Internacionais (PCIs) do CPS, Osvaldo Succi Junior, ministra workshop, apresenta palestra e participa de mesa-redonda ao lado de especialistas de diferentes lugares do mundo. O tema do evento este ano é Transformação Digital na Educação Superior.
Com 12 anos de atuação e parcerias com 27 países, os PCIs desenvolvidos em Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatecs) são referência na aplicação da metodologia Collaborative Online International Learning (Coil), alcançando resultados no fortalecimento de competências interculturais e na geração de oportunidades acadêmicas e profissionais para alunos e professores.
Papel da IA nos intercâmbios virtuais
Nesta segunda-feira (16), Osvaldo Succi Junior apresenta um workshop sobre a revolução da inteligência artificial (IA) e a metodologia Coil, aplicada nas Fatecs com o nome de PCIs. A proposta é discutir o papel da IA nos intercâmbios virtuais e seu potencial para dinamizar experiências interculturais e interdisciplinares na formação profissional.
De acordo com Osvaldo, o uso da IA generativa tem se mostrado um facilitador nas interações internacionais, permitindo maior precisão linguística e mais segurança na comunicação entre os alunos: “A inteligência artificial democratiza a linguagem e aumenta a confiança dos estudantes nas colaborações internacionais. Isso é um ganho enorme para o processo de internacionalização que promovemos nas Fatecs.”
Empreendedorismo
Na sexta-feira (20), o professor do CPS fará uma apresentação intitulada Coil as a Launchpad for Entrepreneurial Collaboration (Coil como plataforma para colaboração empreendedora), aprofundando as possibilidades que a metodologia oferece para fomentar iniciativas de empreendedorismo internacional entre estudantes e instituições parceiras.
Além disso, ele participará da mesa-redonda Entrepreneurship & AI: Redesigning the Future of Higher Education (Empreendedorismo & IA: redesenhando o futuro da Educação Superior), ao lado de Simon Carolan (França) e Robin Couture-Matte, da Téluq University, do Canadá. A mediação será feita por Julia Reinhard, da Haaga-Helia University of Applied Sciences, da Finlândia.
“Será uma excelente oportunidade para compartilhar a experiência pioneira do CPS com a metodologia Coil no Brasil. Nossos PCIs vêm promovendo uma transformação real na forma como alunos e professores se relacionam com o mundo e com o próprio aprendizado”, comenta.
Durante sua fala, Osvaldo destacará os impactos gerados pelos projetos colaborativos, como desenvolvimento de habilidades interculturais e oportunidades profissionais inesperadas para estudantes e docentes. Casos de promoções profissionais e convites internacionais têm sido registrados por conta do engajamento em PCIs.
Game educativo
Além disso, será apresentado um pôster sobre o PCI realizado no primeiro semestre de 2025 entre a Fatec Itatiba e a Thomas More University of Applied Sciences, da Bélgica. O projeto resultou em um game educativo para conscientizar crianças de 6 a 9 anos sobre a preservação dos recursos hídricos.
“Cada projeto colaborativo representa uma história de inovação e transformação. A proposta conseguiu aliar competências técnicas à responsabilidade socioambiental, ampliando o impacto da ação educacional para além da sala de aula”, destaca o professor. Ele observa, ainda, que a articulação com organizações não governamentais (ONGs) locais e estrangeiras fortaleceu a relação entre os estudantes e suas comunidades.
De acordo com Osvaldo, a proposta de apoio pedagógico aos educadores que participam de PCIs também foi pensada estrategicamente. “Buscamos facilitar o uso da IA por parte dos professores, ajudando na elaboração dos planos de trabalho. Com isso, eles ganham mais tempo para construir laços sólidos com parceiros internacionais, o que é, afinal, o verdadeiro coração da colaboração global”, conclui.