Alunos de Etec propõem reflorestamento com drone
Alunos da Etec Fernandópolis projetaram cápsulas cujo conteúdo é dispersado por drone; fertilizante que compõe a fórmula é orgânico e artesanal
Gustavo Dutra, Gabriel Vicente e Gabriel Siqueira exibem o drone ao lado do orientador Gustavo Tadeu | Foto: Divulgação
Reflorestar com o uso de Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant), popularmente conhecido como drone, é o projeto de três alunos da Escola Técnica Estadual (Etec) Prof. Armando José Farinazzo, de Fernandópolis. O trabalho foi selecionado para a Febrace 2022, feira de projetos organizada pela Universidade de São Paulo (USP), que começa no próximo dia 14.
Sob a orientação do professor de Computação e Informática para os Ensinos Médio e Técnico Gustavo Tadeu Moretti de Souza, e coorientação de Fernando Landim, eles criaram cápsulas feitas de amido contendo terra e sementes, além do fertilizante NPK produzido artesanalmente pela equipe. Orgânico, o material passa por 72 horas de fermentação antes de ser injetado na cápsula, que é transportada por um reservatório especialmente desenhado e produzido em impressora 3D.
Para o protótipo do Vant, o grupo usou o kit do drone F450, um dos modelos mais comercializados no país. “Hoje, utilizamos poucas dessas peças. Todo o frame, o chassis da peça, é feito sob medida”, conta o professor Gustavo.
Produzir boa parte do drone no laboratório tem sua razão de ser. Como um dos inconvenientes desse modelo básico é a duração da bateria, por exemplo, desenhar várias partes para impressão 3D com um plástico que pesa menos do que o empregado no tradicional F450, torna a peça mais leve. O resultado é a otimização da bateria.
A equipe formada por Gabriel Siqueira do Espírito Santo, Gabriel Vicente Fernandes e Gustavo Pereira Donadon Dutra empregou o mesmo procedimento no reservatório que transporta as cápsulas com as sementes. Por meio de uma rosca, o reservatório é acoplado ao Vant. “A ideia é criar soluções que possam ser aplicadas em qualquer parte do país ou do mundo”, explica o professor Gustavo Tadeu.
No final do ano passado, os três alunos participaram da Mostra Nacional de Robótica (MNR), em que foram premiados com a bolsa de Iniciação Científica Jr do Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O prêmio deixou os jovens animados para a Febrace. “A gente espera fazer uma ótima apresentação e ganhar a viagem internacional”, conta Gustavo Dutra. Segundo ele, durante os quinze minutos de voo, o Vant é capaz de reflorestar uma área de 350 metros. “O nosso protótipo faz o equivalente ao trabalho de 15 homens ao longo de um dia”, explica.
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