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Feteps: conheça projetos direcionados à redução das desigualdades

Estudantes de Etecs, Fatecs e outras instituições criaram trabalhos de acordo com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU; veja classificados no ODS 10

6 de agosto de 2024 9:14 am Projetos, Qualidade de Ensino

Bengala multissensorial de alunos da Etec de Tupã melhora locomoção de pessoas com deficiência visual l Foto: Divulgação

Empoderar e promover a inclusão social, econômica e política de todos, independentemente de idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião e condição econômica. É disso que trata o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 10: “redução das desigualdades”, previsto na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Orientados por essas diretrizes, estudantes de Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) e Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatecs) estaduais desenvolveram alguns dos projetos selecionados para participar da Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (Feteps).

De volta ao formato presencial, a Feteps ocorre entre os dias 19 e 22 de agosto, no São Paulo Expo, pavilhão de exposições localizado no distrito do Jabaquara, na zona sul da Capital. Em sua 15ª edição, a mostra vai apresentar 132 projetos. Destes, 112 foram desenvolvidos por estudantes das Etecs, Fatecs e do Grupo de Estudo de Educação a Distância (Geead) do CPS. A competição ainda conta com a participação de 20 trabalhos de outras instituições de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) nacionais e internacionais.

Confira os projetos orientados pelo ODS 10, relacionados abaixo por ordem alfabética de municípios:

Município

Unidade

Nome do projeto

Descrição do projeto

Autores

Capital

Etec Irmã Agostina

Our Beauty: a inclusão de pessoas negras no universo da maquiagem

A partir de pesquisas e entrevista com profissional da área de cosméticos, as alunas pretendem contribuir para igualdade e inclusão racial na indústria da beleza. Ao perceber o número reduzido de opções de maquiagem para pessoas de pele negra, elas organizaram uma oficina de mistura de pigmentos na Etec para ensinar a criar tons e subtons personalizados de acordo com a pele de cada pessoa. O grupo também criou um site com informações sobre o projeto.

Yasmin Leal, Mirella Silva e Mariana Brocchine. Orientador: Eduardo Carvalho

Fatec Tatuapé

Além do braille: etiqueta pictórica para deficientes visuais

Como as pesquisas bibliográficas indicaram que 74% das pessoas com deficiências visuais não estão familiarizadas com o sistema braille de escrita e leitura tátil, as alunas testaram a confecção de etiquetas em alto-relevo para embalagens de chocolates indicando o sabor das guloseimas por meio de ícones pictográficos, como morango e amendoim. Os dados para desenvolver as texturas para identificação das informações foram levantados em visitas a fundações e centros de apoio a pessoas com deficiência visual.

Camila Araujo e Gabrielly Silva. Orientador: Edney Santos

Cotia

Fatec Cotia

Cubo Mágico

O projeto Cubo Mágico é uma plataforma de educação a distância que emprega recursos computacionais para alfabetizar na linguagem brasileira de sinais (libras) indivíduos com deficiência auditiva ou atraso de fala. Com a proposta de transformar o processo educativo em uma experiência lúdica e dinâmica, a ferramenta dispõe de recursos como vídeos educativos em alta definição, interatividade e gamificação.

Thamires Nascimento e Rafael Oliveira. Orientadores: Mário Jesus e Gilberto Antonio

Devergente – rede social voltada para pessoas neurodivergentes

Pessoas neurodivergentes têm uma condição neurológica que transforma o processamento de informações no cérebro – é o caso dos transtornos do espectro autista (TEA) e do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), dislexia e síndrome de Tourette, entre outras. A comunidade Devergente é uma rede social pensada como espaço seguro e acolhedor para esses grupos. Uma possibilidade de conexão com quem entende e respeita suas experiências e necessidades.

Nathalia Oliveira, Victor Nazario e Reinaldo Silva. Autores: Vickybert Freire e Meg Andrade

EX CTRL: sistema de controle de despesas

Estudantes do curso de Desenvolvimento de Software Multiplataforma criaram um aplicativo para celular para controle de despesas e gestão financeira, o EX CTRL. O objetivo do projeto é oferecer uma plataforma intuitiva e educativa para auxiliar indivíduos e organizações no gerenciamento eficaz de seus orçamentos. A tecnologia propõe a gestão de gastos diários e mensais a partir da estratégia de direcionar 70% da renda para viver o presente e 30% para planejar o futuro.

Danilo Reis, Lucas Alves e Luiz Costa. Orientador: Mário Jesus

Fernandópolis

Etec Prof. Armando José Farinazzo

Cosmicrede social para comunidade geek

O termo geek é utilizado para definir o público aficionado por tecnologia, internet e cultura pop. A Cosmic é uma rede social que pretende unir essas pessoas em um mesmo ambiente virtual, para que se conheçam e socializem entre si, compartilhando informações sobre jogos eletrônicos, livros, histórias em quadrinhos, animações, filmes e séries, entre outros temas. Por meio desse sistema, os usuários podem se comunicar em chats, além de criar e participar de comunidades.

Giovana Batista, Julia Dantas e Italo Dias. Orientadora: Tassia Carvalho

Jaú

Fatec Jahu

Cadeira de transposição para acamados com baixa mobilidade

A estudante desenvolveu uma cadeira para transferir pessoas acamadas ou com baixa mobilidade de um assento ou cama para outro móvel, com mínimo esforço tanto para o paciente quanto para o cuidador. Produzido em aço carbono, material durável e resistente, o protótipo tem sistema de elevação por pistão hidráulico, que permite o ajuste da altura do assento, e mecanismo de abertura na parte traseira para facilitar a acomodação do paciente, entre outras funcionalidades.

Milene Checoni. Orientadores: Flávio Ventura e Marcos Bonifácio

Piracicaba

Etec Cel. Fernando Febeliano da Costa

VisualRise

Produto do trabalho de conclusão de curso (TCC) dos estudantes do Ensino Médio Integrado ao Técnico em Mecatrônica, o VisualRise é um dispositivo equipado com sensores que permitem a pessoas com deficiência visual identificar cores e obstáculos. Desenvolvida a partir de entrevistas com pessoas atendidas pela organização não governamental Avistar, a solução prevê a promoção de inclusão e segurança para o público-alvo.

Isaac Santos, João Garcia e Fernando Dona. Orientador: Sergio Fuzetti

Ribeirão Pires

Etec Profª Maria Cristina Medeiros

Jumpaijogo interativo para crianças com mobilidade reduzida

As alunas trabalham no desenvolvimento de um game utilizando técnicas de inteligência artificial com bibliotecas de código aberto, visando a detecção de pontos oculares para interpretar o direcionamento do olhar e piscadas como comandos para controlar as ações do personagem do jogo. O projeto também prevê a inclusão de controle por movimentos dos dedos para auxiliar aqueles com mobilidade nos membros superiores. O primeiro protótipo apresentou resultados promissores.

Giovana Souza, Ana Ribeiro e Thifany Conceição. Orientadores: Cintia Pinho e Anderson Vanin

São Sebastião

Fatec São Sebastião

Inclusão social e econômica por meio da tecnologia: a criação de uma loja virtual para o artesanato Guarani Mbyá

Por meio da economia criativa e valorização do artesanato das famílias Guarani Mbyá, a equipe pretende auxiliar no desenvolvimento social e econômico da Aldeia Ribeirão Silveira, localizada em Bertioga, no Litoral Norte do Estado. Com a criação de uma loja virtual, os estudantes esperam ampliar o comércio das peças criadas pelos indígenas. Além do espaço para vendas, a plataforma oferece um portal educativo, promovendo a cultura indígena, inclusive com textos em guarani.

Ana Santos, Stefani Paroche e Enzo Figueiredo. Orientador: Daniel Jung

Tupã

Etec Prof. Massuyuki Kawano

Bengala Canna: bengala multissensorial para deficientes visuais

Para melhorar a locomoção e qualidade de vida das pessoas com deficiência visual, os estudantes da Etec localizada na região de Marília desenvolveram uma bengala multissensorial. Composta por sensores, microcontroladores e software Arduino, entre outras tecnologias, a Bengala Canna vibra quando detecta obstáculos e objetos no percurso, evitando colisões e quedas. O grupo testou o dispositivo com o público-alvo e obteve retornos positivos.

Luis Ciaramicoli, Luis Almeida e Felipe Soares. Orientadora: Michele Ruiz

Leia mais:

Connheça projetos orientados pelo ODS 2 (Fome Zero e Agricultura Sustentável)

Connheça projetos orientados pelo ODS 3 (Saúde e Bem-estar)

Confira os projetos orientados pelos ODSs 4 e 5 (Educação de Qualidade e Igualdade de Gênero)

Confira os projetos orientados pelo ODS 6 (Água potável e Saneamento)

Confira os projetos orientados pelo ODS 7 (Energia Limpa e Acessível)

Confira os projetos orientados pelo ODS 8 (Trabalho Decente e Crescimento Econômico)

Confira projetos orientados pelo ODS 9 (Indústria, Inovação e Infraestrutura)

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