Estudantes de Etecs, Fatecs e outras instituições criaram trabalhos de acordo com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU; veja classificados no ODS 10
Bengala multissensorial de alunos da Etec de Tupã melhora locomoção de pessoas com deficiência visual l Foto: Divulgação
Empoderar e promover a inclusão social, econômica e política de todos, independentemente de idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião e condição econômica. É disso que trata o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 10: “redução das desigualdades”, previsto na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Orientados por essas diretrizes, estudantes de Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) e Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatecs) estaduais desenvolveram alguns dos projetos selecionados para participar da Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (Feteps).
De volta ao formato presencial, a Feteps ocorre entre os dias 19 e 22 de agosto, no São Paulo Expo, pavilhão de exposições localizado no distrito do Jabaquara, na zona sul da Capital. Em sua 15ª edição, a mostra vai apresentar 132 projetos. Destes, 112 foram desenvolvidos por estudantes das Etecs, Fatecs e do Grupo de Estudo de Educação a Distância (Geead) do CPS. A competição ainda conta com a participação de 20 trabalhos de outras instituições de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) nacionais e internacionais.
Confira os projetos orientados pelo ODS 10, relacionados abaixo por ordem alfabética de municípios:
Município |
Unidade |
Nome do projeto |
Descrição do projeto |
Autores |
Capital |
Etec Irmã Agostina |
Our Beauty: a inclusão de pessoas negras no universo da maquiagem |
A partir de pesquisas e entrevista com profissional da área de cosméticos, as alunas pretendem contribuir para igualdade e inclusão racial na indústria da beleza. Ao perceber o número reduzido de opções de maquiagem para pessoas de pele negra, elas organizaram uma oficina de mistura de pigmentos na Etec para ensinar a criar tons e subtons personalizados de acordo com a pele de cada pessoa. O grupo também criou um site com informações sobre o projeto. |
Yasmin Leal, Mirella Silva e Mariana Brocchine. Orientador: Eduardo Carvalho |
Fatec Tatuapé |
Além do braille: etiqueta pictórica para deficientes visuais |
Como as pesquisas bibliográficas indicaram que 74% das pessoas com deficiências visuais não estão familiarizadas com o sistema braille de escrita e leitura tátil, as alunas testaram a confecção de etiquetas em alto-relevo para embalagens de chocolates indicando o sabor das guloseimas por meio de ícones pictográficos, como morango e amendoim. Os dados para desenvolver as texturas para identificação das informações foram levantados em visitas a fundações e centros de apoio a pessoas com deficiência visual. |
Camila Araujo e Gabrielly Silva. Orientador: Edney Santos |
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Cotia |
Fatec Cotia |
Cubo Mágico |
O projeto Cubo Mágico é uma plataforma de educação a distância que emprega recursos computacionais para alfabetizar na linguagem brasileira de sinais (libras) indivíduos com deficiência auditiva ou atraso de fala. Com a proposta de transformar o processo educativo em uma experiência lúdica e dinâmica, a ferramenta dispõe de recursos como vídeos educativos em alta definição, interatividade e gamificação. |
Thamires Nascimento e Rafael Oliveira. Orientadores: Mário Jesus e Gilberto Antonio |
Devergente – rede social voltada para pessoas neurodivergentes |
Pessoas neurodivergentes têm uma condição neurológica que transforma o processamento de informações no cérebro – é o caso dos transtornos do espectro autista (TEA) e do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), dislexia e síndrome de Tourette, entre outras. A comunidade Devergente é uma rede social pensada como espaço seguro e acolhedor para esses grupos. Uma possibilidade de conexão com quem entende e respeita suas experiências e necessidades. |
Nathalia Oliveira, Victor Nazario e Reinaldo Silva. Autores: Vickybert Freire e Meg Andrade |
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EX CTRL: sistema de controle de despesas |
Estudantes do curso de Desenvolvimento de Software Multiplataforma criaram um aplicativo para celular para controle de despesas e gestão financeira, o EX CTRL. O objetivo do projeto é oferecer uma plataforma intuitiva e educativa para auxiliar indivíduos e organizações no gerenciamento eficaz de seus orçamentos. A tecnologia propõe a gestão de gastos diários e mensais a partir da estratégia de direcionar 70% da renda para viver o presente e 30% para planejar o futuro. |
Danilo Reis, Lucas Alves e Luiz Costa. Orientador: Mário Jesus |
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Fernandópolis |
Etec Prof. Armando José Farinazzo |
Cosmic – rede social para comunidade geek |
O termo geek é utilizado para definir o público aficionado por tecnologia, internet e cultura pop. A Cosmic é uma rede social que pretende unir essas pessoas em um mesmo ambiente virtual, para que se conheçam e socializem entre si, compartilhando informações sobre jogos eletrônicos, livros, histórias em quadrinhos, animações, filmes e séries, entre outros temas. Por meio desse sistema, os usuários podem se comunicar em chats, além de criar e participar de comunidades. |
Giovana Batista, Julia Dantas e Italo Dias. Orientadora: Tassia Carvalho |
Jaú |
Fatec Jahu |
Cadeira de transposição para acamados com baixa mobilidade |
A estudante desenvolveu uma cadeira para transferir pessoas acamadas ou com baixa mobilidade de um assento ou cama para outro móvel, com mínimo esforço tanto para o paciente quanto para o cuidador. Produzido em aço carbono, material durável e resistente, o protótipo tem sistema de elevação por pistão hidráulico, que permite o ajuste da altura do assento, e mecanismo de abertura na parte traseira para facilitar a acomodação do paciente, entre outras funcionalidades. |
Milene Checoni. Orientadores: Flávio Ventura e Marcos Bonifácio |
Piracicaba |
Etec Cel. Fernando Febeliano da Costa |
VisualRise |
Produto do trabalho de conclusão de curso (TCC) dos estudantes do Ensino Médio Integrado ao Técnico em Mecatrônica, o VisualRise é um dispositivo equipado com sensores que permitem a pessoas com deficiência visual identificar cores e obstáculos. Desenvolvida a partir de entrevistas com pessoas atendidas pela organização não governamental Avistar, a solução prevê a promoção de inclusão e segurança para o público-alvo. |
Isaac Santos, João Garcia e Fernando Dona. Orientador: Sergio Fuzetti |
Ribeirão Pires |
Etec Profª Maria Cristina Medeiros |
Jumpai – jogo interativo para crianças com mobilidade reduzida |
As alunas trabalham no desenvolvimento de um game utilizando técnicas de inteligência artificial com bibliotecas de código aberto, visando a detecção de pontos oculares para interpretar o direcionamento do olhar e piscadas como comandos para controlar as ações do personagem do jogo. O projeto também prevê a inclusão de controle por movimentos dos dedos para auxiliar aqueles com mobilidade nos membros superiores. O primeiro protótipo apresentou resultados promissores. |
Giovana Souza, Ana Ribeiro e Thifany Conceição. Orientadores: Cintia Pinho e Anderson Vanin |
São Sebastião |
Fatec São Sebastião |
Inclusão social e econômica por meio da tecnologia: a criação de uma loja virtual para o artesanato Guarani Mbyá |
Por meio da economia criativa e valorização do artesanato das famílias Guarani Mbyá, a equipe pretende auxiliar no desenvolvimento social e econômico da Aldeia Ribeirão Silveira, localizada em Bertioga, no Litoral Norte do Estado. Com a criação de uma loja virtual, os estudantes esperam ampliar o comércio das peças criadas pelos indígenas. Além do espaço para vendas, a plataforma oferece um portal educativo, promovendo a cultura indígena, inclusive com textos em guarani. |
Ana Santos, Stefani Paroche e Enzo Figueiredo. Orientador: Daniel Jung |
Tupã |
Etec Prof. Massuyuki Kawano |
Bengala Canna: bengala multissensorial para deficientes visuais |
Para melhorar a locomoção e qualidade de vida das pessoas com deficiência visual, os estudantes da Etec localizada na região de Marília desenvolveram uma bengala multissensorial. Composta por sensores, microcontroladores e software Arduino, entre outras tecnologias, a Bengala Canna vibra quando detecta obstáculos e objetos no percurso, evitando colisões e quedas. O grupo testou o dispositivo com o público-alvo e obteve retornos positivos. |
Luis Ciaramicoli, Luis Almeida e Felipe Soares. Orientadora: Michele Ruiz |
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