Oficinas serão oferecidas a todos estudantes da Etec Antônio Devisate até sexta-feira (21); ideia é transformar alunos em multiplicadores das medidas de combate à doença
Jovens estão aprendendo a confeccionar dispositivos para interromper ciclo reprodutivo do ‘Aedes aegypti’ l Foto: Divulgação
Com o objetivo de transformar estudantes em multiplicadores no combate à proliferação do mosquito da dengue, a Escola Técnica Estadual (Etec) Antônio Devisate, localizada em Marília, realiza uma série de oficinas para ensinar os jovens a confeccionar armadilhas para interromper o ciclo reprodutivo do Aedes aegypti.
A dengue é endêmica no Brasil, com ocorrência durante o ano todo. Porém, os períodos quentes e chuvosos favorecem o aumento do número de casos e um risco maior para epidemias. Os trabalhos na Etec começaram no início da última semana, com a professora de biologia da unidade, Deborah Tannuri, e continuam até sexta-feira (21).
“As armadilhas são uma medida complementar de prevenção”, orienta a educadora. “É fundamental evitar que as residências ofereçam condições favoráveis à reprodução das larvas, eliminando outros criadouros, ou seja, recipientes que acumulam água parada, como caixas d’água, pneus, garrafas, latas e pratos de vasos de plantas, entre outros.”
Ações amplificadas
Um dos organizadores da atividade, o professor Marco Antonio Machado alerta para o fato de que as ações dos alunos não surtirão efeito isoladamente. “Se o seu vizinho não se engajar no combate ao mosquito, todos correm risco. Por isso, a ideia da oficina é transformar nossos alunos em multiplicadores, fazendo com que, além de montar as armadilhas em casa, ensinem vizinhos e pessoas próximas a fazer o mesmo.”
O diretor da Etec, Benedito Goffredo, destaca que “é papel da escola formar cidadãos e cidadãs proativos, criativos e inovadores, buscando desenvolver ações relevantes para a comunidade.”
Como fazer
A Mosquiteca foi desenvolvida por Maulori Cabral, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria com biólogos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Veja como montar um exemplar:
Material
– Garrafa pet;
– Microtule (tecido sintético, transparente, leve e fino, feito de fios entrelaçados). Atenção: o tule comum, utilizado em véus de noiva, não serve pois os buracos da trama são muito largos;
– Tesoura;
– Fita isolante;
– Lixa para madeira, granulação 60, 100 ou 120;
– Sementes de alpiste, grãos de arroz ou ração para gato;
– Água.
Montagem
CPS no combate à dengue
Com a proposta de orientar as Etecs e as Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatecs), o Centro Paula Souza (CPS) preparou materiais que podem ser úteis à comunidade escolar, como cartilha informativa, cartaz e um guia rápido para vistoriar as instalações das unidades, além de vídeos que podem ser compartilhados nas redes sociais.
Disponível no site cps.sp.gov.br/campanha-contra-a-dengue, a proposta do kit é contribuir para a difusão de boas práticas e de informações úteis ao combate à doença.