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Estudantes do CPS avançam para terceira fase do Desafio LED da Globo

Ao todo, quatro jovens de Etecs e Fatecs estão entre os 40 selecionados de todo Brasil; competição reconhece soluções criativas e inovadoras para melhorar a educação

8 de maio de 2025 9:32 am Premiação

Geladeiras-bibliotecas, selos digitais, computadores reciclados e sala maker inclusiva representam CPS no Desafio LED | Foto: Divulgação

Pelo segundo ano consecutivo, o Centro Paula Souza (CPS) é representado por quatro estudantes de Escolas Técnicas (Etecs) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs) do Estado de São Paulo entre os 40 participantes de todo o Brasil selecionados para a terceira fase do Desafio LED – Me dá uma luz aí. A competição organizada pela Globo e Fundação Roberto Marinho, em parceria com a Mastertech, premia soluções criativas para resolver problemas ou propor melhorias na educação. No total, foram inscritos 3.348 mil candidatos na edição 2025.

Os 20 classificados para a quarta etapa do desafio serão anunciados na quarta-feira (14). Programada para junho, a quinta e última fase premiará os cinco melhores trabalhos durante o Festival LED – Luz na Educação, no Rio de Janeiro. Serão distribuídos R$ 300 mil, na seguinte proporção: R$ 85 mil para os dois primeiros lugares, R$ 60 mil para o terceiro, R$ 40 mil para o quarto e R$ 30 mil para o quinto colocado. Confira os projetos do CPS:

Geloteca: transformando geladeiras em bibliotecas comunitárias

Empenhada em estimular o gosto pela leitura nas periferias, Sarah Avelina de Oliveira, da Etec Tereza Aparecida Cardoso Nunes de Oliveira, da zona leste da Capital, lidera uma iniciativa que reforma geladeiras inutilizadas e as transforma em bibliotecas comunitárias para o compartilhamento gratuito de livros.

“Comecei esse projeto para levar literatura a lugares onde o acesso aos livros é difícil. A Geloteca promove a leitura, incentiva a reciclagem e o senso de comunidade”, explica Sarah, formada no Ensino Médio integrado ao Técnico em Administração. Segundo ela, a ação está presente em diversos bairros e continua expandindo, mostrando que a “educação e a cultura podem ser acessíveis e sustentáveis”.

Espaço Maker Inclusivo: tecnologia a serviço da acessibilidade

Lucas Vedeschi Sampaio, aluno do curso técnico em Teatro, da Etec de Artes, zona norte da Capital, desenvolve um projeto que une tecnologia, inclusão e protagonismo juvenil. A iniciativa mobiliza estudantes de uma escola municipal de Tatuí na criação de soluções tecnológicas acessíveis, com o objetivo de apoiar crianças e jovens com deficiência no ambiente escolar.

“Queremos mostrar que a escola pública pode ser um espaço de inovação e justiça social. Os jovens sabem que a tecnologia existe, mas precisa deixar de ser algo distante”, afirma Lucas. O projeto já recebeu apoio da comunidade local e pretende tornar-se referência em educação inclusiva.

Tecnologia sustentável contra a exclusão digital

Cleyffson Cardoso da Silva, tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, pela Fatec Ipiranga, e atualmente aluno do curso técnico em Informática, da Etec de Heliópolis – Arquiteto Ruy Ohtake, ambas da zona sul da Capital, está combatendo a exclusão digital com uma abordagem sustentável. Seu projeto reutiliza resíduos eletrônicos para montar computadores distribuídos gratuitamente a estudantes de baixa renda.

“Enquanto o lixo eletrônico cresce, milhões de pessoas ainda não têm acesso à tecnologia. Meu trabalho é fechar esse ciclo, transformando descarte em oportunidade”, diz Cleyffson. Sua iniciativa já beneficiou dezenas de famílias e o estudante planeja expandir a ação para outras regiões.

Next Badge: certificando habilidades para o futuro do trabalho

Também da Fatec Ipiranga, Gabriel Braulino e seus colegas do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas criaram a Next Badge, uma plataforma que valida habilidades técnicas e comportamentais por meio de certificações digitais autenticadas. Inspirado nas diretrizes do Fórum Econômico Mundial, o projeto conecta talentos a empresas, além de levar novos conhecimentos aos profissionais. “Ao tornar os talentos visíveis ao mercado de trabalho, impulsionamos o desenvolvimento contínuo de jovens e adultos, especialmente aqueles que mais precisam de reconhecimento para crescer.”

O projeto é orientado pelo professor Rodrigo Bossini, com apoio de Ana Cláudia Tiessi. Também integram o grupo André Luiz Carvalho, Danilo Lopes da Silva, João Pedro de Souza Vieira, Nathan Domingos Calderon e Pedro Yoshio Vieira Shibayama.

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