CPS classificou 14 projetos de 12 unidades para a fase final da Febrace, realizada até sexta-feira (28), na Capital; trata-se de uma oportunidade única de desenvolvimento e evolução das ideias
Alunas da Etec Irmã Agostina explicam projeto para descontaminação da água ao vice-diretor-superintendente | Foto: Roberto Sungi
Esta é a primeira vez que o vice-diretor-superintendente do Centro Paula Souza (CPS), Maycon Geres, visita pessoalmente a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). No cargo desde novembro de 2024, o professor ficou surpreso com a qualidade dos projetos expostos no campus Butantã, da Universidade de São Paulo (USP).
“Sempre acompanhei pelas redes, mas estar aqui é maravilhoso. Ver como nossos alunos ainda tão jovens trazem soluções brilhantes para problemas que são de toda a sociedade”, comentou, após visitar todos os estandes do CPS. “Estou muito orgulhoso e feliz com a empolgação deles. Falam de seus projetos como realização de sonhos. É lindo ver estas ideias se concretizando”, concluiu.
As Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) classificaram 14 projetos de 12 unidades para a fase final e presencial da Febrace, realizada até sexta-feira (28), na Capital. Trata-se de uma oportunidade única de desenvolvimento e evolução das ideias.
“Estou impressionada com o nível dos avaliadores e dos outros expositores. Cada um que visitou meu estande propôs melhorias sutis. Só tenho a agradecer à minha Etec por abrir esta porta maravilhosa”, comentou Beatriz Larsen Gallicchio, técnica em Química, recém-formada pela Etec Trajano Camargo, de Limeira.
‘Emoção nova’
O evento também representa uma oportunidade de crescimento pessoal no contato com mais de 600 estudantes de diversas regiões do País. Responsável pelo projeto Lavoisier: Composteira Doméstica Otimizada para degradação de Resíduos de Plástico Gerados na Impressão 3D, o grupo do segundo ano do Ensino Médio da Etec Padre Carlos Leôncio da Silva, de Lorena, tem até dificuldade de colocar as sensações em palavras.
“É um sentimento de ‘uau’, sabe? Tudo que a gente vê é empolgante, é novo, é incrível demais”, disse Ana Luiza Granato. “É uma experiência única e maravilhosa. Para cada pessoa que vem ouvir nossas explicações, é uma emoção nova”, completou a colega Sofia Louise de Abreu.
O deslumbramento só fica de lado na presença dos avaliadores, que gastam em média uma hora para compreender e julgar cada trabalho. Na sexta-feira (28) serão conhecidos os vencedores em categorias como exatas, humanas, sociais, engenharias e biológicas, que recebem troféus, medalhas, bolsas de estudo e até a chance de representar o Brasil em feiras internacionais.
“No começo, a gente fica meio tenso, mas depois relaxa e a apresentação vai ficando cada vez melhor. É um prazer mostrar como podemos usar a tecnologia para resolver vários problemas”, comentou Marcos Cordeiro de Souza, um dos criadores do Manipulador Robótico Integrado ao Uso de Inteligência Artificial para Identificação e Separação de Resíduos Orgânicos da Etec Jaraguá, da Capital. “É tão intenso que até o braço, mesmo sendo robótico, cansa, mas vale a pena”, brincou o coordenador do projeto, Jean Mendes Nascimento.