Estudantes adaptam motocicleta para uso de gás natural como combustível

O projeto de alunos do curso de Eletrônica Automotiva da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) de Santo André é um exemplo de solução para alguns problemas do trânsito. A moto que usa gás natural veicular (GNV) […]

21 de janeiro de 2014 3:05 pm Fatec

Alunos e orientador apresentam seu projeto para os visitantes da 7.ª edição da Feteps. / Foto – divulgação.

O projeto de alunos do curso de Eletrônica Automotiva da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) de Santo André é um exemplo de solução para alguns problemas do trânsito. A moto que usa gás natural veicular (GNV) como combustível foi a primeira colocada na categoria 5 – Tecnologia Industrial e Infraestrutura da Feteps.

A Motocicleta Tetra Flex foi desenvolvida como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) dos alunos Luciano Gomes, Renato Paixão e Ricardo Fonseca, durante as aulas de Calibração de Motores. Os estudantes compraram o veículo e fizeram adaptações e testes. Um kit de injeção eletrônica de GNV e um cilindro de combustível foram instalados na moto.

Os resultados mostram uma alternativa interessante do ponto de vista econômico e ambiental. Segundo dados levantados pelos estudantes, motos poluem 8 vezes mais que os carros. De acordo com o orientador do trabalho, professor Cleber Willian Gomes, o projeto conseguiu a redução de 80% da poluição causada por esse tipo de veículo.

Gomes explica que a Tetra Flex é ‘inteligente’. “A moto utiliza gasolina, etanol e gás e aciona o combustível mais adequado de acordo com a necessidade”, conta. “O motorista poderia escolher o combustível também de acordo com o preço ou com o posto mais próximo.” Nem todos os estabelecimentos vendem GNV no Brasil.

Legislação

Apesar da experiência promissora, o projeto dos alunos da Fatec Santo André ainda não pode ser adotado porque a legislação não permite. No Rio de Janeiro, a permissão de uso desse tipo de veículo já está em discussão. “Na Argentina, por exemplo, motos que usam GNV como combustível podem rodar, mas lá os veículos têm resultados inferiores ao nosso”, afirma Gomes.

Enquanto a Motocicleta Tetra Flex não pode chegar às ruas, o grupo inscreve o projeto em congressos e feiras nacionais e internacionais, na tentativa de repetir o sucesso obtido na Feteps.

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