Evento contou com a participação de representantes de 12 instituições europeias e apresentações de danças folclóricas; objetivo da parceria é promover intercâmbio de alunos
Participantes acompanham apresentação de danças folclóricas portuguesas, com a professora Priscila dos Reis Amélio | Foto: Roberto Sungi
A sexta edição da Feira de Institutos Politécnicos Portugueses foi realizada nesta sexta-feira (4), na Administração Central do Centro Paula Souza (CPS), na Capital. Organizado pela Assessoria de Relações Internacionais (Arinter), em parceria com o Consulado Geral de Portugal em São Paulo, o evento contou com a presença de 12 instituições europeias.
“Temos essa proximidade com os Politécnicos desde 2017, quando os institutos começaram a receber nossos estudantes. Por isso, os gestores sempre fazem questão de passar no Centro Paula Souza quando estão no Brasil”, explicou a assessora de Relações Internacionais do CPS, Marta Iglesis. “Nossos alunos têm esta porta aberta para o mundo”, completou.
Os Institutos Politécnicos são instituições de Ensino Superior, com cursos tecnológicos, mas também engenharias, mestrados e doutorados. Os brasileiros têm acesso às vagas por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), podendo fazer o curso inteiro na Europa; ou em intercâmbio semestral, com as Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatecs).
“A maior comunidade estrangeira que temos em Portugal é de brasileiros, que são muito bem acolhidos e integrados”, contou o responsável pelo conselho coordenador dos Institutos Politécnicos de Portugal, Gonçalo Justino. “Somos países irmãos, temos facilidade de visto e idioma. Por isso, os estudantes brasileiros estão em cursos de todas as áreas”, ressaltou.
Estiveram presentes alunos e professores das Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) Sebrae, Santa Ifigênia, Maria Augusta Saraiva e Etec São Paulo, da Capital. O contato direto com os representantes europeus já despertou alguns interesses.
“Achei muito interessante saber que Setúbal tem uma área de estudos de gestão com parceria empresarial, que ajuda a viabilizar estadia e a vida lá”, comentou William Ferreira, estudante do Ensino Médio integrado ao Técnico em Gastronomia da Etec Santa Ifigênia. “Acredito que estudar fora tira a pessoa da zona de conforto. É assim que a gente cresce”, disse.
Dança folclórica
O evento contou com apresentação de danças folclóricas portuguesas, liderada pela professora Priscila dos Reis Amélio, das Etecs de Bragança Paulista e Atibaia. Filha de portuguesa, ela pratica dança desde os 13 anos de idade e hoje representa a Portuguesa de Desportos e o Grupo Folclórico Vilas de Portugal.
“Represento o movimento jovem da comunidade luso-brasileira e o interesse dos brasileiros tem bons motivos. Portugal é um país muito receptivo e com excelente qualidade de vida”, comentou.