Matéria da última edição da Revista CPS mostra a ampliação da parceria do Centro Paula Souza com a Prefeitura da Capital para beneficiar mais estudantes
Em fevereiro, mais dez classes descentralizadas foram implantadas em CEUs | Foto: Divulgação Prefeitura de São Paulo
A parceria entre o Centro Paula Souza (CPS) e a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo só cresce e se fortalece. Desde 2009, quando foi assinado o primeiro convênio para abertura de dez classes descentralizadas das Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) em instalações dos Centros Educacionais Unificados (CEUs), novas e diversificadas oportunidades de formações profissionalizantes vêm sendo oferecidas em bairros de maior vulnerabilidade social, atendidos por aquela rede municipal. Em fevereiro deste ano, mais dez classes descentralizadas foram implantadas em CEUs, totalizando 32 unidades em funcionamento nesse modelo. No segundo semestre de 2021, havia aproximadamente 3.200 jovens matriculados.
O segredo desse sucesso é a combinação dos excelentes recursos educacionais já disponíveis: a prefeitura disponibiliza a infraestrutura dos CEUs e as Etecs fazem a gestão dos cursos técnicos. As aulas acontecem à noite, otimizando a utilização dos espaços em geral ociosos nesse período. “Cada classe descentralizada está atrelada a uma Etec, que fica responsável pelos currículos, pelos professores e pela certificação dos estudantes. O ensino tem a mesma qualidade e segue as mesmas regras de qualquer escola técnica do Centro Paula Souza”, conta Sabrina Rodero, diretora do Grupo de Supervisão Educacional do CPS.
Atualmente, são oferecidas 11 opções de cursos técnicos nos CEUs: Administração, Contabilidade, Desenvolvimento Comunitário, Eventos, Finanças, Informática, Logística, Marketing, Recursos Humanos, Serviços Jurídicos e Turismo Receptivo. Os professores são os mesmos da Etec. Para fazer o Ensino Técnico, o estudante deve estar no segundo ano do Médio ou já ter concluído esse ciclo. A seleção do candidato é feita pelo Vestibulinho do Centro Paula Souza, oferecido duas vezes ao ano.
Os planos para o futuro são ambiciosos. Sabrina conta que a Prefeitura de São Paulo já manifestou intenção de abrir classes descentralizadas em todos os CEUs da Capital. O movimento de ampliação nesse sentido já começou: “Foram mapeadas as unidades que têm condições de receber uma classe descentralizada. Além do espaço, é preciso ter funcionários para trabalhar à noite, pois a escola deve fornecer jantar e se encarregar da limpeza também”, diz. Agora, o CPS está fazendo o planejamento para organizar um calendário de instalações de modo a contemplar o maior número de bairros possível até o final deste ano