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Alunos de Etec criam aplicativo para entrega de comida para cães

Desenvolvido por estudantes do curso técnico de Logística da Etec Parque da Juventude, app aposta no nicho de alimentação natural para pets; protótipo venceu primeira edição do Startup Varejo

10 de dezembro de 2018 1:00 pm Etec

A partir da esquerda, os criadores do Serv Pet: Eduardo, Lorena, Erika, Giulia e João l Foto: Divulgação

Um grupo de estudantes do curso técnico de Logística da Escola Técnica Estadual (Etec) Parque da Juventude, localizada na zona norte da Capital, desenvolveu um aplicativo de entrega de comida para cães. O Serv Pet tem como proposta facilitar o acesso a refeições frescas e balanceadas, a partir de cardápios indicados por veterinários e nutricionistas, em contraponto ao consumo de rações industrializadas.

O app venceu a primeira edição do Startup Varejo, competição que busca proporcionar uma experiência educacional inovadora para alunos dos Ensinos Médio e Técnico de escolas públicas da zona norte de São Paulo. É um programa experimental de empreendedorismo tecnológico, aplicado ao varejo, uma das principais portas de entrada do jovem no mercado de trabalho.

A ideia do Serv Pet surgiu no início de 2018 como atividade em sala de aula, desenvolvida durante o primeiro semestre, com possibilidade de se tornar Trabalho de Conclusão de Curso. O desafio era planejar a solução de um problema real, que envolvesse o setor de logística e/ou mobilidade urbana.

Com a participação no Startup Varejo, realizado pelo Instituto Center Norte em parceria com a consultoria Ideias de Futuro e Secretaria Estadual de Educação, os estudantes enxergaram a possibilidade de criar uma startup para desenvolver o aplicativo.

“Além dos conhecimentos específicos de logística, oferecemos noções de planejamento, trabalho em equipe, empreendedorismo e resolução de problemas”, explica o coordenador do curso, Alexandre Silva. “As mentorias durante a competição deram a base tecnológica para o desenvolvimento do aplicativo. Quando os jovens são desafiados, superam nossas expectativas.”

Demandas da vida real

Uma das integrantes do grupo, Érika Bezerra, tem quatro gatos, um cachorro e um papagaio. Ela propôs aos colegas desenvolverem algo relacionado ao universo dos animais domésticos. “Como moro sozinha e não tenho carro, sempre me preocupa a ideia de precisar de um veterinário urgente, por exemplo, e não conseguir acesso rápido”, diz a estudante.

O fator econômico foi outro incentivo. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), em 2017, o mercado pet apresentou uma ampliação de 4,9% em relação ao ano anterior. Com faturamento superior a 5 bilhões de dólares, o Brasil já é o terceiro maior mercado, atrás de Estados Unidos e Reino Unido.

Além de Érica, a equipe conta com Eduardo Bezerra, Giulia Santiago, João de Jesus e Lorena Santos. “Durante a fase de pesquisa, identificamos que a maior parte dos gastos com animais de estimação é com alimentação.”

Como rações industrializadas são facilmente encontradas em supermercados e petshops, a opção foi investir no nicho de comida natural para cães, minimamente processada e preparada de forma mais artesanal.

Ao entrar no Serv Pet, o usuário cadastra características do cachorro – como raça, idade, tamanho e peso –, escolhe o cardápio mais adequado ao animal e agenda as entregas nos fornecedores parceiros do aplicativo. De acordo com especialistas, uma dieta balanceada pode melhorar a qualidade de vida dos pets, além de ser eficiente no tratamento de doenças.

A chegada do app no mercado está prevista para o primeiro semestre de 2019. “Temos o protótipo pronto. Agora, estamos negociando com possíveis parceiros e investidores que nos procuraram”, comemora Érika.

Mais ideias

Quatro escolas participaram da primeira edição do Startup Varejo. Os dois melhores projetos de cada unidade foram classificados para a final, o Day Camp Startup Varejo, realizado em novembro. O outro aplicativo classificado pela Etec Parque da Juventude foi o Hungry Moving, destinado a pessoas com pouco tempo para fazer as refeições. O objetivo do trabalho é antecipar pedidos em restaurantes e lanchonetes para reduzir o tempo de espera dos pratos.

O Hungry Moving foi desenvolvido por Cleiton Bucheroni, Ivan Correa, Robinson Paulishu e Vanessa da Silva, também do técnico de Logística.

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