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Etec de Ribeirão Preto projeta ‘maquete viva’ do Aquífero Guarani

Projeto para simular impacto da impermeabilização do solo será acompanhado por estudantes do Ensino Médio integrado ao Técnico em Edificações pelos três anos de curso

20 de março de 2025 9:43 am Etec, Projetos

Alunos utilizam amostras de rocha que compõe o aquífero para demonstrar infiltração da água no subsolo | Foto: Denise Vieira

Estudantes do Ensino Médio integrado ao Técnico em Edificações da Escola Técnica Estadual (Etec) José Martimiano da Silva, de Ribeirão Preto, estão desenvolvendo um projeto inovador para demonstrar os efeitos da urbanização na recarga do Aquífero Guarani. A Maquete Viva do Aquífero Guarani consiste na construção de dois grandes terrários que simulam diferentes tipos de pavimentação e seu impacto na infiltração da água da chuva no solo.

Conduzida na disciplina de planejamento técnico da construção civil, a iniciativa permitirá aos estudantes acompanhar, ao longo de três anos, como a impermeabilização afeta a absorção da água e, consequentemente, a recarga do aquífero. Além da observação prática, os alunos utilizarão amostras da rocha porosa que compõe a formação geológica para demonstrar como a água se infiltra no subsolo.

A proposta integra conceitos de hidráulica, planejamento urbano, efeito estufa e mudanças climáticas, incentivando a interdisciplinaridade. Alunos do curso de Automação Industrial também participam da iniciativa, com a possibilidade de desenvolver experimentos futuros, como a simulação de precipitação artificial dentro do terrário.

Desafios da impermeabilização urbana

Além de estimular o aprendizado prático e visual, a Maquete Viva reforça a conscientização ambiental ao evidenciar os desafios da impermeabilização urbana em Ribeirão Preto, cidade que enfrenta problemas recorrentes de alagamento e depende diretamente do Aquífero Guarani para seu abastecimento. A iniciativa também está alinhada às reflexões propostas pelo Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março.

“Nosso objetivo é plantar uma semente de consciência nos alunos, para que levem esse aprendizado para a vida. A conscientização não pode ser imposta, precisa ser despertada. Nosso papel é provocar curiosidade e reflexão para que os jovens percebam seu impacto no mundo”, reforça a professora responsável pelo projeto, Denise C. R. Vieira.

O projeto se estenderá ao longo dos próximos meses, integrando novas turmas e ampliando a discussão sobre a importância da gestão sustentável dos recursos hídricos.

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