Aluno da Fatec Tatuapé analisa impacto do vento em coberturas de estádios semelhantes aos utilizados na Copa

Interessada nas novas tecnologias e recursos materiais usados na construção dos modernos estádios de futebol para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, Noara Raihana Saturnino, de 21 anos, decidiu analisar os diferentes formatos […]

2 de julho de 2014 10:30 am Institucional

Crédito: Agência Corinthians/Divulgação | Foram analisadas estruturas retangulares similares à Arena Corinthians

Interessada nas novas tecnologias e recursos materiais usados na construção dos modernos estádios de futebol para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, Noara Raihana Saturnino, de 21 anos, decidiu analisar os diferentes formatos das coberturas em seu Trabalho de Conclusão do curso de graduação tecnológica de Controle de Obras na Fatec Tatuapé.

O trabalho “Comparação do carregamento do vento em diferentes tipos de cobertura de estádios de futebol”, avalia como três tipos de coberturas diferentes — circular, retangular e elíptica — influenciaram no dimensionamento da estrutura das arenas.

Sob orientação de Gilder Nader, pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) e professor da Fatec, a pesquisa permite determinar com exatidão os esforços dos ventos nessas estruturas, garantindo aos projetistas maior segurança estrutural e, eventualmente, oferendo a possibilidade de aperfeiçoar projetos.

Túnel de vento

A partir de modelos reduzidos de estádios, foram feitos ensaios no Túnel de Vento do IPT, reproduzindo fatores topográficos, localização e características dos ventos da região de implantação de cada empreendimento. Para concluir o estudo, foram necessários aproximadamente sete meses de testes.

“No Brasil, temos casos de coberturas similares aos analisados neste trabalho, como as coberturas retangulares da Arena Pantanal e da Arena Corinthians”, conta Noara. “Em coberturas elípticas ou circulares, temos os estádios do Castelão (Fortaleza), o Mineirão (Belo Horizonte), o Mané Garrincha (Brasília), o Maracanã, além de outros que não são da Copa do Mundo, como o Engenhão (Rio de Janeiro) e a Arena Palmeiras”.

O trabalho traz também uma evolução histórica dos estádios, além de mostrar a importância dos ensaios em túnel de vento. Recém-formada, Noara pretende atuar no ramo da construção civil. Sobre futebol, ela afirma que é uma arte que aprecia de longe, mas quando o assunto é Copa ela é brasileira com B maiúsculo. “Torço muito pela vitória da seleção brasileira”, conta.

Crédito: Agência Corinthians/Divulgação | Foram analisadas estruturas retangulares similares à Arena Corinthians

 

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