Três alunos do Paula Souza contam suas histórias de inclusão

Laura Neves (centro), de 16 anos, estuda Administração na Etec Tereza Aparecida Cardoso Nunes de Oliveira| Foto: Divulgação

Em homenagem ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, comemorado em 21 de setembro, o Centro Paula Souza (CPS) apresenta as histórias de alguns dos seus estudantes e mostra o trabalho que é feito na instituição para garantir condições iguais a todos os alunos.

Para a assessora de Inclusão da Pessoa com Deficiência do CPS, Alessandra Costa, a integração no ambiente escolar é fundamental para o aprendizado e desenvolvimento do estudante com deficiência. “Quando o aluno participa ativamente das atividades escolares, suas chances de conseguir uma boa colocação no mercado de trabalho, voltada para sua vocação e habilidades, aumentam. Por isso, nos preocupamos em compreender as necessidades de cada estudante, de modo que o atendimento se adapte ao seu cotidiano”, explica Alessandra.

Essa adaptação já começa no processo seletivo. Na ficha de inscrição do Vestibulinho ou do Vestibular, o candidato pode solicitar prova em braille ou ampliada, intérprete de libras ou escolha do melhor local para fazer o exame. Ao ingressar na instituição, o aluno é entrevistado para que sejam definidas as tecnologias assistivas e a metodologia de ensino adequadas.

Nos últimos três anos, as Escolas Técnicas (Etecs) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs) estaduais quase triplicaram o número de alunos que apresentam algum tipo de deficiência física, intelectual, visual, auditiva ou múltipla. Em 2016, eram 375 e hoje são 868 jovens atendidos nas unidades. Para fazer frente a essa demanda, em 2018, cerca de 1.130 professores e outros profissionais foram capacitados para atender esses estudantes.

Conheça três histórias de alunos do Centro Paula Souza:

Laura Neves, da Etec Tereza Aparecida Cardoso Nunes de Oliveira (clique no título para ver o vídeo)

“Ela vai fazer tudo o que as amigas dela fazem.” É o que a cuidadora Juliane Binatti fala sobre Laura Neves, ou Laurinha, como é conhecida. A jovem, de 16 anos, faz o curso técnico de Administração integrado ao Médio na Etec Tereza Aparecida Cardoso Nunes de Oliveira, na Capital. A estudante se locomove por meio de uma cadeira de rodas motorizada, movimentada por ela com o pé direito. Como a maioria dos adolescentes, gosta de mexer no celular, dormir e passear com a família. Quando terminar o curso na Etec, quer cursar psicologia. Confira o vídeo.

Juliana Prates, da Etec de Artes (clique no título para ver o vídeo)

Espontânea, Juliana Prates, de 26 anos, não esconde suas preferências: “Gosto de coisas agitadas e gosto muito de falar”. Durante a conversa, logo fica evidente sua empolgação com desenhos japoneses e sua paixão: a dublagem. Ela é deficiente visual e aluna do curso técnico de Teatro na Etec de Artes, na Capital. Quando se formar, pretende seguir estudando para se tornar dubladora. Sua mãe, Celeste, se rasga em elogios: “Ela é muito estudiosa e tem uma memória incrível”. Assista ao vídeo.

Matheus Delallo, da Fatec São Paulo (clique no título para ver o vídeo)

“Gosto muito da minha turma e, quando me formar, vou sentir saudade dela.” Aluno do curso superior tecnológico de Mecânica, na modalidade Processos de Produção, da Fatec São Paulo, na Capital, Matheus Delallo, de 19 anos tem Síndrome de Asperger. Mas nunca teve problemas em se comunicar com os colegas da faculdade e evolui e aprende mais a cada dia. Gosta bastante de matemática e física e viaja todos os dias de Mogi das Cruzes para São Paulo com sua mãe, Cláudia, para frequentar as aulas. Assista ao vídeo.