Projeto internacional do CPS discute soluções para seca no Nordeste

Ferramenta digital aproximou culturas e ajudou alunos a propor ideias sustentáveis para o semiárido nordestino l Foto: Divulgação

A escassez de água no semiárido nordestino foi o tema central de um projeto colaborativo internacional que uniu alunos da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Pompeia – Shunji Nishimura e da Yerevan State University, da Armênia. O trabalho conjunto, realizado por meio de encontros virtuais, teve como objetivo não apenas estudar o problema da seca, mas também desenvolver soluções práticas e sustentáveis para a região.

A parceria trouxe à tona propostas inovadoras para enfrentar a crise hídrica do Nordeste. Uma das sugestões mais destacadas foi a implementação de uma solução inspirada no projeto Sahara Forest, que utiliza estufas, energia solar e reúso da água para transformar regiões áridas em áreas produtivas.

“Foi como entrar em outro universo. Tive contato com estudantes de um país que mal sabia onde ficava no mapa. A troca de experiências e a comparação de culturas enriqueceram a discussão e, no fim, estávamos buscando soluções reais para um problema grave do Brasil”, conta Israel Nascimento de Oliveira, aluno do curso superior de Tecnologia em Mecanização em Agricultura de Precisão da Fatec Pompeia.

Intercâmbio cultural

A iniciativa integra os Projetos Colaborativos Internacionais (PCIs), promovidos pelo Centro Paula Souza (CPS), e visa estimular o uso do inglês e o intercâmbio cultural por meio de atividades acadêmicas em parceria com instituições estrangeiras. Coordenado no Brasil pela professora Edilene Gasparini Fernandes, da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Rio Preto, os PCIs fortalecem os laços acadêmicos com a universidade armênia desde 2020. 

Ela explica que a parceria começou com práticas de ensino-aprendizagem em que alunos do curso de Letras da Yerevan State University ensinavam inglês aos estudantes da Fatec. “Depois, passamos a usar as webquests, uma ferramenta digital baseada em desafios investigativos”, conta.

Além do tema ambiental, os PCIs também incentivaram a troca cultural: os participantes discutiram tradições, hábitos e costumes locais antes de iniciarem as atividades técnicas, promovendo empatia e respeito entre os jovens. “Se tiverem a chance de participar de um projeto assim, vão com tudo. É uma chance de crescer como pessoa, aprender com o outro e, de quebra, praticar o inglês de um jeito bem mais real do que numa sala de aula”, conclui Nascimento.