Professor de Etec cria maquete de navio para curso de Portos em Santos
Réplica de porta-containers faz parte de uma mesa tática operacional, com quatro metros quadrados, montada na sala de aula para facilitar compreensão dos alunos
Maquete oferece representação visual e tátil, o que facilita o entendimento e deixa o aprendizado mais envolvente | Foto: Divulgação
O curso técnico de Portos da Escola Técnica Estadual (Etec) Dona Escolástica Rosa, de Santos, está mais prático do que nunca. Os alunos da classe descentralizada, localizada na Escola Estadual Zulmira Campos, na zona noroeste da cidade, montaram uma maquete operacional com um navio porta-containers, além de guindastes sobre trilhos, guindastes sobre pneus, empilhadeiras e uma infinidade de containers. A ideia foi do professor e coordenador do curso, Júlio Cesar da Silva Aquino, mas a execução teve as mãos de toda a turma.
“Um grupo ficou responsável por construir a maquete, transferindo o desenho de uma folha para a base de quatro metros quadrados. Outro grupo ficou responsável por pesquisar os equipamentos utilizados, além de cargos de todos os trabalhadores portuários”, conta Júlio.
A maquete não usou uma escala específica, foi construída de forma artesanal, utilizando apenas papelão e cola. O desenho foi feito pelo professor, que já trabalhou a bordo de navios e buscava uma maneira mais prática de apresentar o complexo planejamento de embarque dos portos. “Mesmo com toda tecnologia disponível, percebi que a maquete é fundamental para que os alunos tenham noção de espaço, profundidade e da complexidade da operação portuária”, diz.
‘Aprendizado envolvente’
Para os estudantes, a parte operacional do trabalho ficou mais visível com a utilização da maquete, como destaca a aluna do terceiro módulo Beatriz dos Santos Simões Xavier. “A maquete proporciona uma representação visual e tátil do conteúdo, o que facilita o entendimento e permite a exploração prática de conceitos. O aprendizado ficou muito mais envolvente”, conta.
Da mesma turma, Leonardo José Ledesma de Paula conta que a mesa tática operacional ajudou também a fixar os nomes dos equipamentos: como o Portainer, guindaste sobre trilhos, o RTG, guindaste sobre pneus, e a stacker, uma empilhadeira de container cheios.
“Pretendo veementemente seguir nessa área que cresce a cada dia e realizar o sonho de trabalhar no porto. Quero operar a empilhadeira e seguir galgando passo a passo até chegar às complexas manobras de transferência de carga entre dois navios (STS)”, conclui o aluno.
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