Esta é a terceira vez que unidades do Centro Paula Souza integram o grupo de escolas avaliadas pelo exame, promovido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE); estudantes farão a prova até a quinta-feira (11)
A aplicação da prova nas unidades do CPS começou no dia 3 e será concluída na sexta-feira (12) | Foto: Gastão Guedes
Trinta e uma Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) estão participando do Pisa para Escolas (Pisa for Schools em inglês, o Pisa-S), avaliação internacional de estudantes realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A aplicação da prova começou no dia 3 e será concluída na próxima sexta-feira (12). Esta é a terceira vez que os alunos das unidades do Centro Paula Souza (CPS) têm seus conhecimentos testados pelo exame.
O exame avalia a competência de estudantes de 15 anos em Leitura, Matemática e Ciências em todo o mundo. Em 2017, quatro Etecs participaram do Pisa-S a convite da Fundação Lemann. Já em 2019, alunos de 30 Etecs foram avaliados. O Pisa trabalha com resultados nacionais para obter um panorama do sistema de ensino de cada país, enquanto a versão para escolas (Pisa-S) faz um retrato específico de uma determinada instituição.
Os resultados das unidades do Paula Souza de 2019 comparados com a média obtida pelos países submetidos à avaliação em 2018 mostram excelente desempenho dos estudantes das Etecs. Como as duas provas seguem o mesmo modelo, os resultados são equivalentes.
A média das Etecs em Leitura, por exemplo, é 520. A média da OCDE é 485 e a brasileira, 413. O resultado dos alunos do CPS é melhor que a média dos estudantes dos Estados Unidos, Reino Unido, Japão e Coreia do Sul.
Padrão semelhante pode ser visto quando comparadas as médias em Matemática e Ciências. Nessas duas disciplinas, os alunos das Etecs só não superam os do Japão e da Coreia do Sul.
Uma outra informação aferida pelo Pisa torna essa comparação também interessante. A média do nível socioeconômico e cultural dos jovens das Etecs é inferior ao dos alunos dos países da OCDE e, mesmo assim, seus resultados são superiores.
Estratégias
Na avaliação da diretora-superintendente do Centro Paula Souza, Laura Laganá, algumas estratégias explicam o sucesso do CPS: a aprendizagem baseada em projetos e o foco no desenvolvimento de competências socioemocionais, capacitação constante de seus profissionais e o forte crescimento do ensino integrado nos últimos anos. “Além disso, os governos de São Paulo sempre deram prioridade à educação profissional e investiram no fortalecimento e nas melhorias do sistema.”
Sobre a prova de 2021, Laura destaca que se trata de um retrato inédito e importante. “Estamos ansiosos porque será a primeira avaliação que vai detectar os impactos da pandemia nos nossos alunos”, afirma.