Disponível gratuitamente para Android, jogo conta história de menina que pretende ser jogadora de futebol e usa seu talento para derrotar monstros; game foi uma das atrações do Big Festival 2017
Jogador controla a personagem Yara para enfrentar apocalipse de zumbis com dribles, chutes e embaixadinhas | Foto: Divulgação
*Devido à legislação eleitoral, tanto o site quanto as redes sociais do CPS deixaram de ser alimentados entre julho e outubro de 2018. Neste período, informações de interesse da população foram veiculadas exclusivamente por meio de releases enviados à imprensa. Algumas matérias serão publicadas neste início de 2019, como esta notícia divulgada originalmente em 10 de julho pela Agência de Boas Ideias.
Inspirado em milhões de jovens brasileiros que sonham em se tornar ídolos do mundo da bola, o aluno Raul Tabajara, da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Carapicuíba, criou um game de celular em que o jogador precisa driblar zumbis para somar pontos, salvar o mundo e se tornar um novo craque. Trata-se do Zumbi Olé, que já ultrapassou a marca de 33 mil downloads e está disponível gratuitamente para Android.
Para desenvolver o app, o estudante do curso superior tecnológico de Jogos Digitais teve a parceria de amigos e do professor Alvaro Gabriele Rodrigues. Ele conta que a ideia surgiu assistindo ao seriado de zumbis Walking Dead. “Os monstros são muito lentos. Não precisa de armas para derrotá-los, basta pular pro lado e gritar: olé”, explica. “Poderia criar um jogo com essa concepção e colocar uma bola nos pés da personagem, fazendo uma alusão ao esporte mais popular do Brasil.”
De acordo com o autor, a brasilidade é um componente essencial do game. “Prezamos por um jogo bem brasileiro, com personagem de nome indígena e cenários que trazem imagens do Cristo Redentor, do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e do Saci-Pererê”, afirma. Com versões em português e inglês, o app também está fazendo sucesso em outros países, como Estados Unidos, Holanda e Japão.
Talento esportivo
A aventura gira em torno de Yara, uma menina que sonhava em ser jogadora de futebol, mas viu seu futuro ameaçado após um apocalipse zumbi dominar o planeta. Para sobreviver, ela resolve encarar a batalha e sair driblando os mortos-vivos, tomando cuidado para não ser capturada e devorada por eles.
“O grande diferencial é a proposta original do roteiro ao misturar dois temas distintos, que são as modalidades esportivas e os jogos tipo arcade de combate a inimigos”, explica o professor Alvaro Gabriele. Ele ressalta ainda o emprego da não-violência. “A única arma utilizada é o talento esportivo da personagem.”
Outro destaque tem sido a ótima aceitação do público feminino. “Colocamos uma garota como protagonista para quebrar o paradigma. As meninas aprovaram e ficaram muito felizes com a representatividade”, conta Raul.
O jogo foi uma das atrações do Big Festival, um dos principais eventos de games independentes do Brasil, e se classificou entre as 15 melhores produções nacionais da modalidade runnerUp em 2017. Segundo o estudante, que também desenvolveu o jogo Masmorra da Tortura, o próximo passo será uma nova versão do Zumbi Olé para computador com novos recursos, como loja virtual para compra de chuteiras mais potentes e uniformes de clubes e seleções. Confira o trailer do jogo.