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Funcionário do CPS participa de corrida histórica de 246km na Grécia

Analista de sistemas Edilson Alves da Nóbrega estreia, neste sábado (28), na Spartathlon, tradicional ultramaratona entre as cidades gregas de Atenas e Esparta

27 de setembro de 2024 8:22 am Esportes, Institucional

Edílson tem 36 horas para completar percurso íngreme, com plantações, encostas, montanhas de pedras e arbustos | Foto: Divulgação

De segunda a sexta-feira, Edilson Alves da Nóbrega é analista de sistemas na Divisão de Informática da Administração Central do Centro Paula Souza (CPS), na Capital. Antes e depois do trabalho, organiza a rotina em torno da família, estudos, e muitas horas de treino. “Faço treinamento funcional e fortalecimento muscular, além de treinos de corrida longos e específicos, para subidas, terra ou chuva, dependendo do que vou enfrentar. E, claro, não posso descuidar da alimentação e do sono”, conta o ultramaratonista de 45 anos, que disputará, neste sábado (28), a Spartathlon, tradicional prova entre as cidades de Atenas e Esparta, na Grécia.

Desde que fez a primeira corrida, em 2017, Edilson já participou de provas curtas, médias, maratonas e ultramaratonas – aquelas que vão além de 42 quilômetros. De forma gradual, incentivado pelos pares, ele já chegou à distância máxima de 235 quilômetros. “Em um momento, o percurso de 42 quilômetros da maratona já fazia parte de meus treinos e percebi que poderia aumentar. Mas cada prova é muito diferente, não só pela distância, mas também pelo piso, altimetria e logística”, diz.

Spartathlon

Conta a história que o mensageiro ateniense Fidípides teria sido enviado a Esparta no ano 490 a.C. para buscar ajuda contra os persas na Batalha de Maratona. Ele teria percorrido a distância de mais de 200 quilômetros entre as duas cidades em apenas dois dias, tornando-se herói em Atenas.

Desde 1983, o percurso de pistas acidentadas e lamacentas é repetido por um grupo seleto de corredores. Eles atravessam plantações, sobem encostas íngremes e acumulam uma variação de altitude de 1,2 mil metros no Monte Partenio, uma montanha coberta de pedras e arbustos, que é percorrida à noite. “A Spartathlon é uma das provas de ultradistância mais desafiadoras do mundo, pelo percurso, altimetria e clima. Mas é charmosa e bela, com um fundo histórico que chamou minha atenção”, conta Edilson.

A corrida começa aos pés da Acrópole e passa por 75 postos de controle em direção ao litoral, ao longo da costa, e montanha acima. O limite para conclusão é de 36 horas para conquistar o selo espartano. “Sei onde quero chegar e vou conseguir. Reconhecer os limites do corpo e buscar mais um desafio é o que motiva a manter o controle emocional, psicológico e físico de uma prova tão longa”, completa.

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