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Fóssil de dinossauro encontrado em Prudente é apresentado aos alunos

Em palestra na Etec Prof. Dr. Antônio Eufrásio de Toledo, paleontólogos explicam importância da preservação e os milhares de anos de história contidos na descoberta

6 de agosto de 2024 9:11 am Ações, Etec, Institucional, Parcerias

Com dois metros de comprimento e cerca de 150 quilos, fóssil é a maior pelve de titanossauro já encontrada no Brasil | Foto: Divulgação

Essa história começou em 2014, quando um osso de dois metros de comprimento foi encontrado em uma fazenda na divisa dos municípios de Alfredo Marcondes e Presidente Prudente, no oeste do Estado. Identificado como pelve de titanossauro, o fóssil seria de um animal que andou pela região há cerca de 80 milhões de anos.

“O esqueleto pertencia a um animal bastante grande, que pode ter chegado a 30 metros de comprimento. A peça constitui uma cintura pélvica, os ossos ilíacos”, conta o doutor em paleontologia André Eduardo Piacentini Pinheiro, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).

Pesando 150 quilos, o fóssil só foi retirado do solo oito anos depois por uma força conjunta de pesquisadores da Uerj, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e da Escola Técnica Estadual (Etec) Prof. Dr. Antônio Eufrásio de Toledo, de Presidente Prudente (SP).

“Em 2022 foi anunciado que seria plantada batata-doce naquela área e a equipe se desesperou com a possibilidade de perder uma peça tão grande. Acionamos empresários parceiros da escola e conseguimos retirar a peça, que ficou abrigada aqui na escola até agora”, conta o diretor da unidade, Thadeu Henrique Novais Sposito.

Compreensão da evolução do mundo

Protegida por uma camada de gesso, a maior pelve de titanossauro já encontrado no Brasil foi preservada em um depósito da Etec, até que fossem encontradas as circunstâncias ideais para transporte ao Rio de Janeiro. Antes, porém, a equipe de paleontólogos fez uma apresentação formal da ossada aos estudantes para ressaltar a importância da preservação histórica. “Na palestra foram tratados fatos históricos, o processo de preservação e a importâncias de fósseis animais e vegetais para compreensão da evolução do mundo”, comentou o diretor.

Ainda neste mês, o material deve ser transportado para as unidades educacionais do Rio de Janeiro, para pesquisa e posterior exposição ao público. No interior de São Paulo, porém, fica o legado de cidadãos mais conscientes e preparados para os próximos achados arqueológicos. “Como instituição educacional, formamos jovens que atuarão em breve no mercado de trabalho. Conscientizar esses alunos sobre a maneira certa de preservar e comunicar a presença de fosseis é fundamental”, diz o diretor.

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