Nesta segunda-feira, 2, foi realizado, na sede do Centro Paula Souza, o Fórum de Educação Profissional do Estado de São Paulo. O evento reuniu cerca de 200 profissionais de diversas instituições de ensino para debater […]
Crédito: Divulgação | Coordenador de Ensino Médio e Técnico do Centro Paula Souza, Almério Melquíades de Araújo (ao centro) falou sobre a prática de Ensino Profissional no Chile
Nesta segunda-feira, 2, foi realizado, na sede do Centro Paula Souza, o Fórum de Educação Profissional do Estado de São Paulo. O evento reuniu cerca de 200 profissionais de diversas instituições de ensino para debater como a Educação Profissional está sendo pensada no Brasil e em outros países.
Para falar sobre o tema, o coordenador de Ensino Médio e Técnico do Centro Paula Souza, Almério Melquíades de Araújo, apresentou ao público o modelo adotado pelo Chile. Segundo ele, existe hoje uma preocupação em melhorar a qualidade do Ensino Médio e Profissional oferecido naquele país, que já apresenta índices de educação melhores que os do Brasil.
Com uma economia menos diversificada que a do Brasil, porém impulsionada pelo setor de mineração, o Chile oferece apenas 46 cursos de nível técnico, mas tem alto índice de alunos matriculados: esses estudantes correspondem a 44% das matrículas no Ensino Médio. No Brasil, esse índice é de 11%.
Globalização
O consultor do Senai Nacim Walter Chieco falou sobre o Ensino Profissional na Austrália, em Israel e no Brasil. Para Chieco, a globalização acabou produzindo sistemas de educação muito parecidos entre esses países, “sempre interconectados à educação escolar, ao emprego, ao trabalho e à economia”.
A 16ª edição do fórum contou com representantes do Centro Paula Souza, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), Senac-SP e Senai-SP, que relataram experiências internacionais em suas respectivas instituições de ensino.
Diretor do Centro de Formação Profissional Senai Volkswagen, Marco Artur Constantino explicou como funciona a escola que fica dentro da fábrica da montadora em São Bernardo do Campo. Os cursos funcionam sob o sistema alemão dual, com aulas teóricas no período da manhã e práticas à tarde, e têm duração de dois anos. Mais de 6 mil profissionais já foram capacitados pela escola nos últimos 42 anos.
A representante da Coordenadoria do Ensino Médio e Técnico (Cetec) do Centro Paula Souza Margarete dos Santos falou sobre a participação dos estudantes no projeto Intercâmbio Cultural da instituição. Em 2014, 720 alunos das Etesc e Fatecs viajaram para países, como Estados Unidos, Reino Unido, Nova Zelândia, Chile e Argentina.
Responsável pela área de internacionalização do Senac, Thais Carvalho Lisboa citou os desafios da unidade na busca por parceiros. Atualmente, a instituição conta com 390 parcerias que resultam em 1.600 matrículas de alunos.
Já Ricardo Corrêa Coelho, do IFSP, falou sobre o programa Ciência sem Fronteiras, do qual já participaram mais de 200 alunos do Paula Souza. Apesar de não constituir a política de internacionalização do IFSP, o programa, segundo Coelho, serve como base para que sejam criadas parcerias próprias.