Criada por duas ex-alunas, Associação Municipal de Educação e Inclusão para Promoção da Autonomia e Sustentabilidade recebe apoio de professores e estudantes
Tudo na Ameipas foi construído por meio de doações e trabalho das fundadoras Vivian e Jéssica | Foto: Divulgação
Vivian Marques formou-se em Agronegócio, na Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Itapetininga, em 2015, com um sonho na cabeça. Ela idealizava um espaço de inclusão social, unindo cultura, coletividade e sustentabilidade. Em 2022, fundou a Associação Municipal de Educação e Inclusão para Promoção da Autonomia e Sustentabilidade (Ameipas), na Vila Sotemo, em Itapetininga. Em pouco tempo se uniu à também ex-fatecana Jessica Menezes, hoje membro da associação
Com 5 mil metros quadrados, o terreno foi cedido pela prefeitura. Mas tudo que há no local é fruto das mãos destas mulheres, com verba arrecadada por doações: a sede, construída em pau a pique, o parquinho e as áreas cobertas para oficinas culturais.
“Participamos de cada detalhes do processo para garantir que seja uma construção sustentável. De trançar madeiras até a fabricação de tintas naturais, tudo feito em conceito de bioconstrução”, conta Vivian.
Agrofloresta
Mas o espaço merecia mais. Vivian voltou à Fatec Itapetininga em busca de apoio. Encontrou os braços abertos do professor Ademir Diniz Neves e seus alunos. Eles deram início ao desenvolvimento no local de um projeto de agrofloresta e um sistema de produção alimentar sustentável, sem agrotóxicos, para que possam ser implementados o quanto antes.
“O período na faculdade deve se basear no tripé de ensino, pesquisa e extensão. Não basta transferir o conhecimento técnico e acadêmico aos alunos, é necessário mostrar caminhos e áreas de atuação”, comentou o professor Ademir.
Além da contribuição para a agrofloresta, a Fatec fortalece a proposta pedagógica do projeto, permitindo que os alunos apliquem conhecimentos teóricos na prática, ao mesmo tempo em que impulsionam a sustentabilidade local.
“Além de colocar em prática o que aprendeu, o estudante tem a oportunidade de compreender as necessidades locais e trazer benefícios diretos para a sua comunidade” disse o professor. “Um processo em que todos ganham”.