Um projeto da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) de Jaboticabal elimina o uso de produtos químicos no processo de retirada de impurezas do açúcar, a chamada clarificação, procedimento feito antes do consumo residencial e […]
Orgânico: alunas participam do processo de clarificação Crédito: Divulgação
Um projeto da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) de Jaboticabal elimina o uso de produtos químicos no processo de retirada de impurezas do açúcar, a chamada clarificação, procedimento feito antes do consumo residencial e industrial.
A ideia é de Marcelo Henrique Armoa, professor do curso de Tecnologia em Biocombustíveis, que conduz o processo junto com alunos. Armoa desenvolveu uma membrana de vidro cuja porosidade pode ser regulada para mais ou para menos, possibilitando a retenção de impurezas. Nas grandes indústrias, o processo de clarificação do açúcar é feito com produtos químicos.
Na Fatec, a clarificação do açúcar é artesanal. A cana é moída para obtenção da garapa e o caldo, filtrado na membrana de vidro até chegar a um nível máximo de transparência e viscosidade – quanto maior a transparência e menor viscosidade, melhor o produto. Só depois desse procedimento, o açúcar é refinado.
Segundo Armoa, a técnica desenvolvida na Fatec reduz significativamente os resíduos no açúcar e pode ser aplicada em escala industrial. “Temos observado que a redução de microrganismos chega a 70% em relação ao método tradicional, resultando em um açúcar mais limpo, sem o uso de química, o açúcar orgânico”, conta.
A implantação do método resultaria não apenas em um produto mais natural, mas, a médio e longo prazo, em redução de custo, já que a matéria-prima é mais barata.