A Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) de Capão Bonito está desenvolvendo estudos para ampliar a renda dos agricultores da região a partir do cultivo de oliveiras e da produção de azeite. Uma equipe técnica […]
Brasil pode se tornar segundo maior importador de azeite do mundo na safra 2014/1015 – Foto: Pixabay/Nat Aggiato
A Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) de Capão Bonito está desenvolvendo estudos para ampliar a renda dos agricultores da região a partir do cultivo de oliveiras e da produção de azeite. Uma equipe técnica da unidade trabalha em parceria com a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) para testar e classificar os melhores tipos de azeitonas que podem ser plantadas no solo capão-bonitense. O projeto baseia-se em uma pesquisa realizada pelo Instituto Agronômico de Campinas em 2013, que citou o município da região de Itapeva, no sul do Estado, como tendo grande potencial para o plantio.
A ideia do projeto de olivicultura é transmitir o conhecimento sobre o cultivo aos pequenos e médios agricultores e capacitar estudantes dos cursos de Silvicultura e Agroindústria para produzir azeites de qualidade industrial para comercialização. “Muitas pessoas estão procurando informações para começar um plantio. Isso vai incentivar pequenos e médios empreendedores”, afirma o diretor da Fatec, José Francisco de Souza.
“O grande impasse para que o Brasil passe a produzir azeite em grande escala é que não temos laboratórios adequados para qualificar o azeite no País, nas categorias virgem, extra virgem ou outras”, diz Sonia Maria Esposte Sturaro, coordenadora das pesquisas na Fatec. “O produto aqui é de muita qualidade e em alguns estados, como Minas Gerais e Rio Grande do Sul, o consumo local é maior que a oferta”.
O sucesso da pequena plantação do empresário Omar Bechara ajuda a manter a esperança de resultados positivos no investimento agrícola. Ele foi procurado pela Fatec depois de conseguir colher boas azeitonas e produzir seu próprio óleo. “Acho que vai ajudar muito a cidade, porque qualquer pequeno produtor pode iniciar esse plantio. É um agregador de renda para a cidade.” O Brasil pode se tornar o segundo maior importador de azeite do mundo na safra 2014/1015, segundo prévia do balanço anual do International Olive Oil Council (Conselho Internacional de Óleo de Oliva). A expectativa é que o país importe até 72 mil toneladas, ficando atrás somente dos EUA. Dados do órgão também mostram que o país não exporta e não consome significativamente produto feito no Brasil.