Etecs disputam final do Prêmio Jovem da Água de Estocolmo

Centro Paula Souza está representado por dois projetos de Escolas Técnicas da Capital | Foto: Divulgação

As Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) Irmã Agostina e Getúlio Vargas, da Capital, estão na final nacional do Prêmio Jovem da Água de Estocolmo. Durante a etapa brasileira de seleção, no dia 6 de junho, será revelado o vencedor, que representará o Brasil na final internacional, prevista para ocorrer em agosto, durante a Semana Internacional da Água, na capital da Suécia.

As unidades do Centro Paula Souza (CPS) concorrem com dois projetos de alunos dos cursos técnicos de Química e Meio Ambiente, que desenvolveram propostas para a crise mundial da água. A final nacional selecionou, no total, cinco projetos – os demais finalistas são de outras instituições de ensino.

Promovida no Brasil desde 2017, a competição, neste ano, será realizada presencialmente no Rio de Janeiro. O vencedor brasileiro vai disputar a final internacional com competidores de 30 países. O desafio é uma forma de estimular o interesse pelo trabalho de iniciação científica entre os jovens de nível médio que têm de 15 a 20 anos de idade.

Agenda pela água

A final brasileira será realizada no 6 de junho, data estratégica para o evento, que colabora com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). O documento estabelece 17 metas globais ou Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODSs). O sexto ODS prevê a universalização dos serviços de fornecimento de água e saneamento.

Na edição de 2020, entre os cinco projetos finalistas da etapa nacional, dois foram desenvolvidos por alunos da Etec Irmã Agostina, da Capital, e um por estudantes da Etec Prof. Carmelino Corrêa Junior, de Franca. Já na edição de 2019, dois estudantes da Etec Irmã Agostina venceram a etapa nacional.

Conheça os projetos finalistas das Etecs em 2022

Etec Irmã Agostina

Autor: Thiago Martins Rocha de Paiva, com coordenação do professor Klauss Engelmann.

Projeto finalista: Remoção de íons de Ni²+ de efluentes a partir de biossufactante extraído do creme de levedura da indústria cervejeira.

O projeto visa resolver o problema da contaminação de efluentes por níquel, metal pesado que costuma ser descartado inapropriadamente em recursos hídricos. A solução é dada graças à reutilização de resíduos da indústria cervejeira, produzindo um subproduto chamado de biossurfactante, capaz de remover o níquel da água.

“O interesse em trabalhar com efluentes veio do conhecimento da importância que a água tem para a vida do planeta e de todos os seres vivos presentes”, explica Thiago. “O projeto foi idealizado pensando em dar novo destino ao creme de levedura, um subproduto presente na indústria cervejeira capaz de combater a contaminação de efluentes por metais tóxicos.”

Etec Getúlio Vargas

Autores: Alberto Barbosa Rodrigues e Gustavo Pacini, com coordenação da professora Marta da Silva.

Projeto finalista: Economia Circular – Conectando a captação da água da chuva no uso diário das residências urbanas.

O objetivo do projeto é promover a captação de água pluvial por meio de um sistema de coleta de baixo custo nas residências. Trazer o uso da água de chuva para moradores de grandes centros urbanos mudaria o relacionamento que essas pessoas têm com os recursos hídricos.

“Em uma aula de Tecnologia de Processos, a professora Marta comentou sobre a prática de captação de águas pluviais. Naquele momento, as ideias se uniram e fomos conversar com ela a respeito da efetividade desse sistema em uma residência urbana”, explica Alberto, falando sobre o início do projeto.