Etec de Vera Cruz produz biogás a partir de esterco de animais

Iniciativa vai gerar economia de energia e insumos agrícolas – Foto: Divulgação

A Escola Técnica Estatual (Etec) Paulo Guerreiro Franco, em Vera Cruz, deu início ao processo para a geração de biogás na própria unidade. A ideia de produzir o combustível surgiu para dar um fim sustentável aos 2 mil litros de dejetos provenientes da criação de suínos e bovinos na Etec. Ao reutilizar os resíduos, a escola minimiza a poluição ambiental, gera energia e ainda obtém como subproduto um biofertilizante. De acordo com a diretora da Etec de Vera Cruz, Sonia Maria Valsecchi Ribeiro de Sousa, daqui a um mês a unidade poderá utilizar o biogás nos setores agropecuários e agroindustriais.

“Pretendemos utilizar o biogás no abatedouro e no aquecimento de campânulas dos laboratórios de aves, no aquecimento de caldeiras e para a substituição do gás de cozinha”, diz a diretora. “O biofertilizante será utilizado também na nossa unidade: no pasto e para o enriquecimento do solo”.

O projeto começou em agosto de 2013, após aprovação em um concurso da Fundação de Apoio a Tecnologia (FAT), através do Programa FAT-Vitae de apoio ao Ensino Técnico. Com investimentos de aproximadamente R$ 150 mil da FAT, do Centro Paula Souza e da Cooperativa Escola dos Alunos da Etec, o projeto envolve 300 colaboradores, entre professores, alunos e funcionários.

A professora Jamile Saccá, responsável pelo projeto, explica que o biogás é um gás resultante da fermentação anaeróbica – na ausência de oxigênio livre do ar – de matéria orgânica. “Resíduos vegetais e dejetos de animais, como suínos, aves e bovinos de leite, podem ser tratados com sucesso em biodigestores, produzindo biogás e biofertilizante, como subproduto do processo. Dessa forma, é possível reduzir o poder poluente que o despejo in natura desses resíduos causa ao meio ambiente”, esclarece.

Cabrália Paulista A Etec Astor de Mattos Carvalho, de Cabrália Paulista, também produz biogás a partir dos dejetos da criação de suínos. Iniciada em 2008, a produção é utilizada para gerar energia elétrica para setores da unidade e no aquecimento das aves na granja, além de abastecer a cozinha. A escola ainda aproveita o biofertilizante subproduto do processo de tratamento de água dos alojamentos, segundo o professor de biologia e química da Etec, Daniel do Carmo de Camargo. “Com isso, economiza em insumos agrícolas, pois não precisa investir tanto em adubação química. Podemos utilizar o biofertilizante produzido pela Etec na maior parte do trabalho desenvolvido na unidade”, afirma Daniel.