Etec de Franca é premiada em concurso do Sebrae

Alunos da Etec Escola Técnica (Etec) Professor Carmelino Corrêa Júnior, de Franca, conseguiram o segundo lugar na categoria Cooperativismo do Prêmio Técnico Empreendedor, com o projeto Quitanda Es’cológica. O trabalho foi uma iniciativa de professores […]

1 de outubro de 2008 10:50 am Etec

Hortaliças e conservas orgânicas à venda pelos alunos

Alunos da Etec Escola Técnica (Etec) Professor Carmelino Corrêa Júnior, de Franca, conseguiram o segundo lugar na categoria Cooperativismo do Prêmio Técnico Empreendedor, com o projeto Quitanda Es’cológica. O trabalho foi uma iniciativa de professores e alunos de Agricultura e Pecuária que consiste na venda da produção excedente de produtos orgânicos da escola aliada à ação educativa e empreendedora para fortalecer a Cooperativa-Escola e levar bem-estar e conscientização à comunidade escolar e do entorno.

A entrega do prêmio ocorreu em Brasília, no Hotel San Marco, nesta terça-feira, 30, com participação do presidente do Sebrae nacional, Paulo Okamotto, do ministro interino da Agricultura, Silas Brasileiro, e do secretário substituto de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (MEC), Getúlio Marques Ferreira.

O Ministério da Educação (MEC) e o Ministério da Agricultura foram parceiros do concurso, para o qual foram inscritos para os três temas (Cooperativismo, Inclusão Social e Tema Livre) 300 trabalhos de escolas técnicas (2º grau) e tecnológicas (nível superior) de 184 estabelecimentos de todas as regiões do país, envolvendo 900 estudantes. Apenas 17 trabalhos foram selecionados para a etapa federal, entre os quais o da Etec de Franca.

Segundo a diretora superintendente do Centro Paula Souza, Laura Laganá, o fato de ter tido uma representante premiada já seria uma grande conquista na primeira participação de escolas técnicas paulistas no prêmio, mas outros fatores ressaltam ainda mais o acontecimento, como o fato de simbolizar o retorno dos investimentos feitos nos últimos anos na recuperação dos cursos de Agricultura e Pecuária.

“Nossas escolas agropecuárias têm evoluído muito e já estamos colhendo os primeiros resultados. Historicamente, essas unidades eram as que menos tinham infra-estrutura e condições de ensino. O estado tem investido muito no ensino agrícola porque é uma área crucial para São Paulo”, destacou Laura Laganá, para depois acrescentar que a premiação também tem um aspecto motivacional muito importante para os demais alunos da Etec de Franca e demais escolas agrícolas.

“São alunos egressos de famílias com renda média de três salários mínimos, que geralmente não tiveram grandes oportunidades. Um prêmio como esse coroa todo um processo e mostra que a educação pode dar um futuro promissor”, analisou a diretora.

Clima

A avaliação da diretora superintendente do Centro Paulo Souza coincidiu com o balanço feito pelo presidente do Sebrae, logo na abertura da solenidade. Paulo Okamotto observou que os projetos agraciados servirão de exemplo não só para os demais docentes e alunos na produção de conhecimento como também ajudam a consolidar a cultura do cooperativismo e empreendedorismo. “Ganham vocês, ganham as instituições participantes mas ganha muito mais o Brasil”, discursou Okamotto.

Já o ministro interino da Agricultura ressaltou o cooperativismo como “mecanismo capaz de promover a inclusão econômica e social dos cidadãos”, e disse que um dos objetivos do concurso era divulgar as idéias postas em prática pelas escolas.

Ao ratificar as palavras dos colegas, o secretário do MEC, Getúlio Ferreira, fez menção especial ao Centro Paula Souza, após identificar na platéia a diretora Laurá Laganá. Ferreira saudou Laura citando o centro como “uma das instituições constantemente premiadas” por suas ações.

Discursos à parte, o clima da festa foi marcado pela informalidade e a expectativa das dezenas de jovens e professores convidados. A delegação do Centro Paula Souza e da Etec de Franca contou com oito pessoas (sendo quatro alunos).

O segundo lugar foi muito comemorado pelos estudantes, em meio a sessões intermináveis de fotografias. “Quando inscrevemos o projeto ele já estava em andamento, mas quando foi selecionado colocamos ainda mais garra, a turma colocou todo o foco nessa ação. Só de termos sido selecionados para a etapa federal já tinha sido uma emoção muito grande”, comemorou Guilherme Sousa de Oliveira, 18 anos, estudante do 3º ano de Agricultura da Etec de Franca.

A aluna Rayane Assis, 17 anos, do 3º ano de Pecuária, previu um crescimento do projeto após a consagração em Brasília. Para ela, foi uma conquista da escola e da comunidade. “Quando expusemos nosso projeto numa exposição em Franca, nossos produtos orgânicos eram os maiores. O repolho era tão grande que o pessoal não acreditava, porque produto orgânico tende a ser menorzinho”, brincou Rayane.

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