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Etec de Batatais avança em projeto de ações solidárias na região

Em um dia, professores produziram respiradores para o Corpo de Bombeiros, com impressora 3D; grupo também criou plataforma online para agilizar troca de medicamentos

14 de outubro de 2024 9:13 am Etec, Projetos

Professores com equipamento utilizado para solucionar desafio proposto pelo Corpo de Bombeiros | Foto: Divulgação

A Escola Técnica Estadual (Etec) Antônio de Pádua Cardoso, de Batatais, recebeu um pedido inusitado: desenhar e produzir, em impressora 3D, duas peças de controle de fluxo respiratório para os respiradores portáteis utilizados pelo Grupamento de Resgate do Corpo de Bombeiros. A solicitação foi feita, no início de outubro, pela corporação de Ribeirão Preto, que assim como outros municípios da região, já conhece o trabalho de um grupo de professores da unidade do Centro Paula Souza (CPS). No dia seguinte, a peça foi entregue.

Coordenado por Luciano Patrocínio, professor de mecânica, o grupo vem desenvolvendo uma série de ações para mitigar problemas sociais da comunidade. O trabalho teve início em 2020, no início da pandemia de Covid-19. A equipe produziu máscaras de proteção facial, respiradores e outros equipamentos necessários aos pacientes internados.

Batizado de Ajudar sempre sem fronteiras, o projeto expandiu-se para as cidades vizinhas. No período das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, no início de 2024, por exemplo, a turma que se intitula família mecânica angariou 8,5 toneladas de insumos e medicamentos, enviados para o estado.  

Compartilha Med

Em geral, medicamentos próximos ao vencimento vislumbram a lata de lixo como destino. Para evitar o desperdício, o Compartilha Med, braço do projeto Ajudar sempre sem fronteiras, se encarrega de enviá-los a quem precisa, resolvendo dois problemas: suprir a falta do medicamento e preservar o meio ambiente, já que é desaconselhável o descarte aleatório desses itens. A corrente funciona via Whatsapp, a ferramenta que conecta essas pessoas.

“Há dois anos, fomos procurados pela administração da Santa Casa de Leme, que havia recebido de uma farmacêutica antibióticos em falta no mercado”, conta o professor. “O lote era composto por 750 mil unidades, que distribuímos na nossa região e em várias cidades do litoral paulista”. Por meio do Whatsapp, foram conectadas secretarias, hospitais e farmácias municipais, aproximando quem tem remédio disponível a quem precisa de medicação.

“O Compartilha Med já funciona organicamente, com pessoas de vários municípios”, diz. Para agilizar ainda mais esse troca, foi criada uma plataforma online que faz o registro de ofertas e demandas de medicamentos. O professor Luciano Patrocínio disponibiliza o número para quem quiser se unir à rede Compartilha Med: (16) 98215-3620.

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