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Máquinas caça-níqueis são reaproveitadas com fins pedagógicos

Apreendidos pela polícia, equipamentos são desmontados em aulas práticas na Etec de Dracena, que reutiliza todos os componentes em computadores e outros projetos

25 de junho de 2024 9:26 am Etec, Parcerias, Projetos

Professor Frankillin Cardoso (à direita) orienta estudantes durante montagem de computador com peças de caça-níquel | Foto: Divulgação

Na Escola Técnica Estadual (Etec) Profª Carmelina Barbosa, de Dracena, máquinas caça-níqueis apreendidas pela polícia ganham um novo destino:  a bancada do laboratório de hardware da unidade. As peças são encaminhadas para a unidade desde 2010, por meio de um acordo firmado, à época, com o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.  

Declarado ilegal no País em 2004, o jogo de azar fez das máquinas um descarte indesejável. Nas Etecs para onde foram destinados, os equipamentos transformaram-se em instrumento pedagógico, a partir, por exemplo, da retirada de componentes para utilização em protótipos de projetos de estudantes ou para montagem de computadores aos quais não falta quase nada. “As máquinas só não têm teclado e mouse”, conta Frankillin Cardoso, coordenador do projeto e professor do curso técnico de Informática e do Ensino Médio integrado ao Técnico em Programação de Jogos Digitais.

Computadores

Tudo é reaproveitado. “Removemos a parte que contém o pendrive, onde estão instalados os jogos, e desmontamos as máquinas em aulas práticas em que os alunos identificam os componentes”, explica Cardoso.

O projeto vai além das atividades desenvolvidas no laboratório. “Vamos montar alguns computadores e doá-los aos alunos”, diz o professor, que envolve os estudantes em todas as atividades em torno das máquinas. As aulas são ministradas em horários vagos e a participação dos jovens é total, com a adesão também de outros professores de áreas relacionadas à tecnologia da informação.

O professor ingressou na Etec em 2013, quando o projeto já estava encaminhado, e abraçou a causa. “As máquinas mais recentes estão ainda melhores”, diz. Bom para os alunos.

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