Ao criar uma plataforma com fluxos de automação que podem ser replicados em várias empresas, Ana Claudia Cabral coloca seu negócio em novo patamar
Ana Claudia Cabral criou a startap Baruk quando ainda cursava Gestão de Negócios e Inovação na Fatec Sebrae | Foto: Divulgação
Em 2016, assim que concluiu o curso de Gestão de Negócios e Inovação na Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Sebrae, Ana Claudia Cabral já tinha sua empresa engatilhada. A Baruk nasceu como uma startup de automação de processos. Em dezembro de 2022, a ex-aluna conquistou o Prêmio Sebrae Startups do Futuro 2022-2023, que elege as 100 startups científicas consideradas mais promissoras pela comissão julgadora.
Ana Claudia acredita que conquistou a atenção dos jurados a partir de uma alteração recente no modelo de negócio. Fazer automação para grandes empresas deu a ela e ao sócio experiência para perceber que há processos comuns no mercado. Assim, a equipe selecionou os mais interessantes – e mais rentáveis – do portfólio, criou fluxos de automação que podem ser replicados em várias empresas e os disponibilizou em uma plataforma.
“O intuito é que nossas vendas sejam self service. O cliente acessa a plataforma, paga e já pode começar a utilizar o serviço”, diz Ana Claudia. Um processo de automação, que poderia levar de dois a três meses para ficar pronto, é entregue de forma automática pela Baruk.
“Queremos nos posicionar como empresa de base científica, por isso essa premiação é tão importante, pois nos dá visibilidade”, avalia a ex-aluna.
Ainda antes do prêmio, a startup já havia recebido recebido um aporte do Google e hoje conta com um time de sete pessoas, contando com Ana Claudia e o sócio dela. Três trabalham no desenvolvimento de software e os demais nos departamentos de marketing e comercial. A ideia, claro, é crescer. “Estamos no momento de começar a vender em massa”, ela diz.
Há dez anos, quando Ana Claudia trocou o Rio de Janeiro por São Paulo, já tinha começado uma empresa em 2008, ao lado de cinco sócios, mas sentiu que era a hora de começar um negócio próprio. “Percebi que precisava entender mais de gestão e entrei na Fatec”, conta. Há um outro interesse na vida da empresária, ao qual ela se dedica desde o Ensino Médio: a filosofia. E aí está a explicação para o nome Baruk, uma homenagem ao revolucionário filósofo holandês do século 17, Baruch Spinoza.