A sede administrativa do Centro Paula Souza recebe a exposição Respiração Artificial, do artista plástico recifense Roberto Octaviano. As 23 obras, feitas a partir de maços de cigarros, ficarão no mezanino da instituição até o […]
Roberto Octaviano pretende conscientizar fumantes sobre os riscos à saúde por meio de suas telas. / Foto – Divulgação.
A sede administrativa do Centro Paula Souza recebe a exposição Respiração Artificial, do artista plástico recifense Roberto Octaviano. As 23 obras, feitas a partir de maços de cigarros, ficarão no mezanino da instituição até o dia 14 de novembro.
Octaviano fumou uma única vez, aos 11 anos, ao comprar cigarros para um amigo. Detestou. Teve tontura e ânsia de vômito e decidiu que não se tornaria fumante. Há seis anos, outro fato o aproximou do tema. Morador da região do Aeroporto de Congonhas, na Capital, o artista via muitos maços vazios jogados pelas ruas. “Comecei a juntar e pensei que um dia faria algo com aquilo.” A oportunidade apareceu e as obras foram montadas e expostas no Metrô de São Paulo.
Esta é a 23ª vez que ele expõe as peças, que mesclam pedaços de maços de cigarros, bitucas, palitos e caixas de fósforos. O material foi picado e deu forma a uma série de imagens, que misturam pintura sobre madeira e colagem. Pulmão, coração, cérebro, artérias, placenta formam-se a partir do material que o artista escolheu para trabalhar. Ao criar a exposição, Octaviano quer dizer: fumantes, vejam o que estão fazendo com seu corpo. “Busco a conscientização a partir do belo”, afirma.
O trabalho dele fica exposto diariamente na Rua dos Andradas, 140, no mezanino. A visitação, que pode ser feita das 8 às 18 horas, de segunda a sexta-feira, é gratuita.