Paula Souza oferece 17 mil vagas para pessoas com deficiência

Cursos de qualificação gratuitos integram programa Meu Emprego – Trabalho Inclusivo, lançado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico nesta segunda-feira (2)

2 de setembro de 2019 11:36 am Institucional, Qualificação Profissional

Governador João Doria e demais autoridades durante cerimônia de lançamento do programa l Foto: Governo do Estado de São Paulo

O Centro Paula Souza (CPS) vai oferecer 17 mil vagas em 61 cursos de qualificação profissional gratuitos para pessoas com deficiência em todo Estado dentro do programa Meu Emprego – Trabalho Inclusivo. Lançada nesta segunda-feira (2) pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico em parceria com outros órgãos do Governo e instituições privadas, a iniciativa tem como objetivo promover o desenvolvimento profissional, a inclusão e permanência de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, além de oferecer educação técnica e empreendedora.

Participaram do evento de lançamento no Palácio dos Bandeirantes o Governador João Doria; o prefeito de São Paulo, Bruno Covas; a secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen; a secretária estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Célia Leão; a diretora-superintendente do CPS, Laura Laganá; e representantes de outras secretarias.

“Temos seis pastas envolvidas nessa inciativa transversal: além do Desenvolvimento Econômico, participam as Secretarias dos Direitos da Pessoa com Deficiência, do Desenvolvimento Social, da Saúde, da Educação e da Justiça. Trabalho coletivo produz melhor resultado”, disse o Governador. Segundo lembrou Doria, existem 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência no Brasil, 9 milhões delas em São Paulo.

“Estamos muito felizes em participar de um programa de inclusão tão abrangente como esse. O Paula Souza tem políticas consistentes de inclusão e vai contribuir com sua expertise para a qualificação profissional e inserção dessas pessoas no mercado”, afirmou Laura Laganá.

Além de qualificação, o programa vai possibilitar mapeamento do perfil e habilidades funcionais, identificação de oportunidades de trabalho, compatibilização de vagas e laudo médico. Também vai apoiar os empregadores na captação de candidatos com deficiência, dar apoio na definição das vagas de trabalho, fazer encaminhamento de candidatos, dar orientação para análise de funções e fazer palestras de sensibilização.

“ A proposta do Programa surgiu porque vimos que muitos desafios de qualificação não estavam sendo contemplados”, afirmou Patricia Ellen, à frente da iniciativa.

Os serviços estarão disponíveis nos Polos de Empregabilidade Inclusivos (PEI) para quem mora na Capital e na Região Metropolitana de São Paulo. Os interessados que moram em outros municípios devem recorrer ao Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT). As informações também podem ser consultadas por meio do site www.trabalhoinclusivo.sp.gov.br

O Trabalho Inclusivo conta ainda com a participação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), do Hospital das Clínicas e do Instituto de Medicina Social e de Criminologia (Imesp) de São Paulo.

Cultura inclusiva 

Nas Escolas Técnicas (Etecs) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs) estaduais a inclusão começa no processo seletivo. Já na ficha de inscrição, o candidato pode solicitar atendimento diferenciado, como prova em braille ou ampliada, intérprete de libras ou escolha do melhor local para fazer o exame.

Ao ingressar na instituição, o aluno é entrevistado para que sejam definidas as tecnologias assistivas e a metodologia de ensino adequadas. Os professores são constantemente capacitados para atender as necessidades específicas do estudante com deficiência.

Nos últimos seis anos, foram treinados mais de 2 mil funcionários em temas como integração, práticas pedagógicas, metodologias de ensino para pessoa com deficiência, tecnologias assistivas, legislação e linguagem de sinais.

A cultura inclusiva também está presente na rotina dos demais alunos da instituição, com seus projetos tecnológicos que anualmente são destaques em feiras de ciência de todo o País. Entre as invenções recentes dos estudantes estão aplicativos de celular para facilitar a vida de deficientes visuais, robô para auxiliar na educação de autistas, moda inclusiva, cadeira de rodas motorizada controlada por movimentos da testa, prótese de baixo custo com componentes mecânicos e eletroeletrônicos.

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