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Para combater a violência contra a mulher, Mateus de Lima Diniz criou o app Todas por Uma, que vem socorrendo a população feminina de estádios de futebol a blocos de rua
Cartaz do app Todas por Uma foi afixado em banheiros de estádios, chamando as mulheres para usar o aplicativo | Foto: Divulgação
No fim de 2019, o Todas por Uma era um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) na Escola Técnica Estadual (Etec) Prof. Horácio Augusto da Silveira, localizada na zona norte da Capital. Hoje é um dos principais aplicativos utilizados no Brasil para combater a violência contra as mulheres. Criado pelo aluno Mateus de Lima Diniz, durante o curso técnico de Desenvolvimento de Sistemas, o aplicativo vem ganhando espaços amplos.
No Campeonato Paulista de Futebol Feminino de 2023, cartazes distribuídos pelos banheiros dos estádios com um QR code para acessar o aplicativo estampavam: Você está sendo importunada, assediada ou sofrendo agressão? Totalmente gratuito, o app funciona de forma discreta, sem chamar a atenção do agressor, com um simples movimento do celular.
Durante a transmissão dos jogos, como um lembrete pelo fato de que a cada minuto 35 mulheres são vítimas de violência no País, o locutor interrompia a narração a intervalos de 35 minutos para ressaltar a importância da tecnologia no combate a esse mal. Em média, dois pedidos de socorro foram feitos ao longo de cada jogo.
Segurança nos blocos de rua
Outro gol emplacado pela criação de Mateus ocorreu no Carnaval de 2024, quando o Todas por Uma foi o aplicativo oficial no combate ao assédio e à violência nos blocos de rua de São Paulo. Em meio a 536 blocos no Estado, agremiando 15 milhões de foliões, o app funcionou camuflado à página de um bloquinho, impedindo o agressor de perceber o pedido de ajuda.
O levantamento da Comissão Brasileira de Carnaval de Rua apontou que 43 mulheres consultaram a delegacia mais próxima da sua localização a partir do app, enquanto 29 apertaram o botão no aplicativo para pedir socorro e seis foram salvas graças a um sutil movimento no celular. Foram 252 “anjos” adicionados pelas usuárias do app. Anjo é o nome dado às pessoas do círculo próximo da vítima que, cadastradas no aplicativo, podem socorrê-la.
Outra frente de combate é a associação direta do aplicativo com as Delegacias da Mulher (DDM). Das 140 unidades presentes no Estado, dez atuam em tempo integral. “Estamos agendando reuniões com o Ministério das Mulheres para avançar nesse sentido”, avisa Mateus, que tem seu aplicativo operando em 30 países.
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