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Alunos de Informática criam aplicativo de jogos para crianças com Síndrome de Down

Diversão e aprendizado devem estar ao alcance de todos, inclusive das crianças com deficiência. Essa crença inspirou os vencedores deste ano da categoria Inclusão Social da Feira Tecnológica do Centro Paula Souza, a Feteps. Alunos recém-formados […]

3 de novembro de 2015 4:23 pm Institucional

Desafios estimulam memorização, raciocínio lógico e coordenação motora – Foto: Gastão Guedes

Diversão e aprendizado devem estar ao alcance de todos, inclusive das crianças com deficiência. Essa crença inspirou os vencedores deste ano da categoria Inclusão Social da Feira Tecnológica do Centro Paula Souza, a Feteps. Alunos recém-formados no curso técnico de Informática pela Escola Técnica Estadual (Etec) Doutor Emílio Hernandez Aguilar, de Franco da Rocha, eles criaram o PlayDown, aplicativo para o desenvolvimento de crianças com Síndrome de Down e outras deficiências intelectuais.

Disponível para download gratuito para o sistema Android, o jogo para smartphones é composto de dez pequenos games com desafios de diferentes níveis visando estimular a criança. Segundo os autores do projeto, portadores de Síndrome de Down necessitam treinar a paciência, a coordenação motora e a memória, o que foi considerado no PlayDown. Além disso, enquanto os games infantis comuns focam geralmente em apenas uma ou outra função educativa, o aplicativo engloba várias. 

“O PlayDown apresenta características que auxiliam na memorização, raciocínio lógico, coordenação motora e autodomínio, por meio da utilização de sons, formas, cores, números, animais, letras, entre outros”, aponta a coordenadora do projeto, professora Débora Vicente. Segundo ela, essas funcionalidades atendem as principais necessidades das crianças com Síndrome de Down no mesmo aplicativo, diferentemente dos jogos que existem no mercado, e, ainda assim, permitem que o PlayDown atinja um público irrestrito.

Para o usuário, é possível escolher entre jogos como caça animais, em que é preciso encontrar diversas espécies escondidas pelo cenário, um jogo da memória, games com números, letras e formas geométricas. Todas as fases são instruídas por uma personagem que revela qual a missão do jogador.

Pesquisa

Antes de liberar o PlayDown para download, os alunos e a professora pesquisaram o mercado de games, conversaram com especialistas da área médica e foram a campo em hospitais e instituições, como a Associação de Pais Amigos dos Excepcionais (APAE), para encontrar a medida certa entre brincadeira e aprendizado. Conduzido ao longo de 12 meses, o projeto também foi apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso.

A exposição do projeto na Feteps já trouxe bons frutos. O prêmio estimula os estudantes a buscar melhorias para o aplicativo e o grupo vem recebendo contato de empresários interessados em investir no game. “Foi muito bacana ganhar o prêmio. É um estímulo para melhorar o PlayDown e criar novos aplicativos. Muitas pessoas baixaram o programa e estamos recebendo um retorno muito gratificante. Queremos que mais pessoas utilizem esse recurso, conheçam o jogo e também todo o percurso que levou a seu desenvolvimento”, conta Lucas Castro, de 17 anos. Ele e os colegas Gabriel Ortega e Gustavo Santos acabaram de inscrever o aplicativo na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace).

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