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Alunos de Etec registram a presença de animal em vias de extinção

Um trabalho de TCC da unidade de Espírito Santo do Pinhal traz dados surpreendentes sobre a mastofauna local: animais foram vistos em seu habitat, depois de uma ação de restauração da vegetação

29 de setembro de 2022 4:45 pm Projetos

Câmera registrou presença de uma onça na área da escola, indicando a restauração do equilíbrio ambiental | Foto: Divulgação

Um grupo de quatro estudantes da Escola Técnica Estadual (Etec) Carolino da Motta e Silva, de Espírito Santo do Pinhal, vem fazendo descobertas importantes. Em junho deste ano, ao dar início à parte prática do seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), a equipe atestou a presença de animais em estado vulnerável que nunca haviam sido registrados na área de 262 hectares da escola. O principal deles é o sagui-da-serra-escuro, primata nativo da Mata Atlântica, classificado como vulnerável pela União Nacional para a Conservação da Natureza (IUCN), o que significa alto risco de extinção.

Um equipamento fundamental para esse levantamento foram as três câmeras trap emprestadas aos alunos pelo engenheiro agrônomo Tiago Cavalheiro Barbosa, parceiro que também acompanha a equipe no TCC. Essas “armadilhas” fotográficas, como sugere o nome (trap significa armadilha, em inglês), são acopladas ao tronco de árvores, de onde registram os animais, graças à sensibilidade para captar temperatura e de movimento. Na presença de qualquer bicho a câmera dispara, capturando a imagem – mesmo à noite, graças ao sensor infravermelho. Uma vez por semana, o chip é retirado do equipamento e estudado pelos quatro alunos que compõem a equipe de TCC do curso técnico de Meio Ambiente: Fernanda Buton, Livia Maria Garcia Ribeiro Cesar, Maria Gabriela Peroggini dos Santos e Gustavo da Silva.

Equilíbrio restaurado

“O levantamento da fauna pode ser feito de outras formas, como a observação ativa de evidências. É o caso, por exemplo, de pegadas em caixas de areia, fezes e rastros em trilhas”, explica Patrícia Loro Soares, bióloga e co-orientadora do grupo de estudantes. “Mas são métodos menos eficientes, que os animais são capazes de perceber”. Patrícia intermediou o empréstimo das câmeras, tecnologia usada comercialmente desde os anos 1990 e de custo razoavelmente baixo.

No topo da cadeia da mastofauna, que engloba todos os mamíferos, foram registrados, além do sagui-de-serra-escuro, onça parda, jaguatirica, cachorros-do-mato, gambás-da-orelha-branca e capivaras. Patrícia lembra que, sem as capivaras, as onças não teriam aparecido, já que elas se alimentam, em boa parte, desses grandes roedores. “O equilíbrio da cadeia alimentar é fundamental e é importante monitorá-lo”, diz.

A contribuição do reflorestamento

A volta dos animais ao terreno ocupado pela Etec começou, de certa forma, em 2013. Naquele ano, em 21 de setembro, o Dia da Árvore foi comemorado com a plantação de 640 mudas na área de nascente onde agora foi feito o estudo com as câmeras trap. O solo, então desnudo, continuou a ser cuidado pelos funcionários da Etec ao longo de todos esses anos, e foi essencial para que as espécies de mastofauna retornassem. Essa continuidade do cuidado com a vegetação, mesmo com os dois anos em que o trabalho foi paralisado pela pandemia, também teve papel decisivo no mapeamento. É preciso propiciar as condições para o equilíbrio ambiental e a tecnologia pode ser uma poderosa aliada.

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