Equipe alcançou terceiro lugar com plataforma de inclusão de migrantes e refugiados no mercado de trabalho e na sociedade, enfrentando barreiras burocráticas e xenofobia
Estudantes Lara, Júlia, Isabelle e Eduarda, com o coordenador do curso Carlos Martini e o professor Bruno Castro l Foto: Divulgação
Uma equipe formada por alunas do Ensino Médio integrado ao Técnico em Administração da Escola Técnica Estadual (Etec) Júlio de Mesquita, de Santo André, no Grande ABC, conquistou o terceiro lugar no Ideathon Transformar 2025. Promovida pela Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Administração (Angrad), em parceria com o Conselho Federal de Administração (CFA), a iniciativa reúne estudantes e professores de instituições de ensino de todo o País para o desenvolvimento de soluções inovadoras, que respondam a desafios reais da sociedade.
As propostas apresentadas pelos grupos envolvem temas como ESG (sigla em inglês para Sustentabilidade Ambiental, Social e Governança Corporativa); Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU); e combate às desigualdades. Para auxiliar no desenvolvimento dos modelos de negócio, os estudantes tiveram o auxílio de palestras e capacitações oferecidas pela organização da competição.
Dentre as mais de 220 propostas inscritas, as alunas da Etec de Santo André destacaram-se com o projeto Migrantes Integra. Eduarda Santos, Isabelle Silva, Júlia Genari e Lara Gecov sugeriram a criação de uma plataforma digital para promover a inclusão de migrantes e refugiados no mercado de trabalho e na sociedade brasileira. Integrada a ações presenciais de acolhimento, a tecnologia é focada no enfrentamento de desafios como xenofobia, barreiras burocráticas e de idioma.
A apresentação final foi feita em vídeo, no formato de pitch – exposição breve e concisa, utilizada no universo corporativo para comunicar a essência de um negócio ou projeto. Foram avaliados critérios como identificação, clareza e relevância sobre o problema a ser enfrentado; inovação e criatividade; viabilidade; potencial de multiplicação e possíveis impactos; além de recursos necessários para a aplicação da proposta.
“As meninas demonstraram competência técnica, sensibilidade social e espírito empreendedor”, avalia o professor orientador da equipe na competição, Bruno Castro. “Segundo feedback das próprias alunas, o projeto trouxe pontos positivos, como colocar em prática o que aprenderam nas diversas disciplinas do curso, melhorar a capacidade de trabalhar em grupo e com temas atuais ligados aos ODS, entre outros.”