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Aluna da Etec é aprovada para iniciação científica no Instituto Sciety Lab

Ana Carolina Tavares, da Etec Profº André Bogasian, de Osasco, desenvolveu projeto para analisar modelos cosmológicos, buscando explicações para a origem do Universo

31 de março de 2023 10:14 am Etec

A jovem cientista de Osasco, que se interessa por astronomia, astrofísica e computação | Foto: Divulgação

A aluna do segundo ano do Ensino Médio integrado ao técnico de Administração da Escola Técnica Estadual (Etec) Professor André Bogasian, de Osasco, Ana Carolina da Silva Tavares, acaba de ter um projeto de iniciação científica aprovado junto ao Instituto Sciety Lab e ao Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Fundado em 2021, pela cientista e pesquisadora em Astrofísica e Educação Micaele Gomes, o Instituto Sciety Lab tem como objetivo transformar e democratizar as oportunidades científicas e tecnológicas para jovens do ensino básico e graduação de todo o Brasil. A estudante conheceu o projeto após participar do programa Astrominas, da Universidade de São Paulo (USP), que foi divulgado na Etec. “Após isso, decidi procurar outra oportunidade na área de astronomia e por coincidência encontrei o programa Sciety Lab no Instagram”, explica Ana Carolina.

Nomeada Análise fotométrica das galáxias de alto redshift (z>3) como critério de determinação da acurácia de modelos cosmológicos, a pesquisa do grupo de Ana foi elaborada durante a participação no ‘Mulheres e Meninas nas Galáxias’, programa do Instituto Sciety Lab no qual, durante um mês, as participantes selecionadas aprofundam seus conhecimentos em Astrofísica Extragaláctica.

“Nossa pesquisa tem como proposta analisar modelos cosmológicos, por meio da observação de galáxias, além dos perfis de brilho superficial, para, assim, descobrir a explicação sobre a origem do universo.”

Ao final das atividades de classificação, as participantes desenvolvem o projeto de pesquisa e apresentam para uma banca avaliadora composta por pesquisadores e cientistas de universidades como o Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), Universidade da Flórida (UF), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Estadual Paulista (Unesp). Elas conquistaram o primeiro lugar.

“Nosso objetivo era participar de competições de projetos científicos. Quando estávamos no processo de estudo para aplicar nossa pesquisa científica, nos baseamos em artigos e coincidentemente encontramos um estudo do professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro Marcelo Byrro e Iker Olivares Salaverri, o que nos ajudou muito.”

Aluna da rede pública, Ana ingressou na Etec em 2022 e afirma que a escola abriu diversas portas para ela. “Graças ao apoio dos professores, que são dedicados, e à divulgação de oportunidades, pude descobrir minha paixão pela área de STEM (Science, Technology, Engineering and Math ou Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática, em português), em especial por astronomia, astrofísica e computação. Além disso, descobri que sou capaz de realizar grandes coisas por meio da educação. Sou grata por estudar na Etec Bogasian e espero incentivar outras meninas a terem interesse na área de STEM”, detalha.

Após um encontro virtual com Marcelo Byrros, que é professor e representante do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), as alunas pediram para que ele se tornasse orientador da iniciação cientifica. “Nós conseguimos uma formalização entre o Sciety Lab e a UFRJ.” O grupo que Ana integra é formado também por jovens que estudam na Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Estadual de Campinas, Colégio CIMAN e Universidade Estadual Norte Fluminense Darçy Ribeiro.

Em 2022, no ranking anual das Melhores Universidades Globais da revista U.S. News & World Report (USNWR), a UFRJ foi classificada como a sexta melhor universidade da América Latina e a melhor universidade federal do Brasil. O estudo avaliou duas mil instituições em 95 países.

Ana conta que ela e as companheiras de grupo estão na fase de estudos e análise. “Estamos estudando programação para podermos trabalhar com dados, criação de programas computacionais e tratamento de dados observacionais para aplicação na iniciação”. Além de Marcelo Byrros, o grupo conta com a orientação de Alessandra Marques Ferreira dos Santos, professora de Física da Etec, e a coorientação de Amanda Lopes, pesquisadora do Instituto de Astrofísica de La Plata, na Argentina.

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