Saiba como professor atuará no 11º Simpósio Nacional de Ciência, Tecnologia, que será realizado na Universidade Federal do Pará, a dois meses da abertura da COP 30
Plinio Gabriel João vai representar o CPS no encontro acadêmico, que ocorre entre os dias 17 e 19 l Foto: Giovanna da Silva
Entre os dias 17 e 19, a dois meses da abertura da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), a cidade de Belém-PA vai sediar o 11º Simpósio Nacional de Ciência, Tecnologia e Sociedade, na Universidade Federal do Pará (UFPA). Promovido pela Associação Brasileira de Estudos Sociais das Ciências e das Tecnologias (ESOCITE.BR), o evento terá como tema ‘Que futuro estamos construindo? Ciência, tecnologia e a urgência da ação climática’.
Considerado o principal encontro acadêmico nacional pela chance de interação entre os participantes, pesquisadores e profissionais de prestígio, a programação inclui mesas-redondas, minicursos e oficinas entre as atividades. Edna Castro, ambientalista, presidente da Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS) e professora emérita da UFPA, e Eliane Brum, jornalista, escritora e documentarista, conhecida pela sua cobertura da Amazônia, confirmaram presença como conferencistas.
Representando o Centro Paula Souza (CPS), o superintendente da Escola Técnica Estadual (Etec) de Ibaté, Plínio Gabriel João, acredita que o debate e a troca de experiências que devem ocorrer no Simpósio serão essenciais como levantamento científico, pois vão oferecer subsídios para as discussões na COP 30. A apresentação que ele fará em Belém é fruto da pesquisa aplicada na Etec. “A Mostra de Empreendedorismo e Inovação (MOSTREI) desafia os alunos a criarem soluções para problemas reais, alinhando seus projetos aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU.” O superintendente complementa: “Meu discurso está intrinsecamente alinhado com a identidade e a missão do CPS. Essa consonância se dá pela abertura que a instituição nos oferece, permitindo um ambiente fértil para a inovação.”
Acompanhe o que Plínio Gabriel vai apresentar no Simpósio e conheça suas expectativas com o evento.
Como surgiu a chance de sua participação no Simpósio?
Minha participação no evento decorre de uma profunda ligação acadêmica com o campo de estudo da Ciência e Tecnologia (C&T) e suas interações com a sociedade. Recebi o convite diretamente dos organizadores, depois formalizado via chamamento público.
Qual a sua expectativa com o evento?
Espero que o Simpósio se consolide como um ambiente de intercâmbio de conhecimentos. Que nos ofereça oportunidade de não apenas apresentar as inovações e práticas do que estamos desenvolvendo em nossa instituição, mas também a chance de absorver dados, informações e, sobretudo, as novas perspectivas da área de C&T e Sociedade.
O que vê como vantagem a proximidade da data do Simpósio com a COP 30?
Acredito que o resultado de nossa discussão possa ir além do campo acadêmico, consolidando-se como um arcabouço teórico e de experimentação fundamental para a construção de políticas públicas mais robustas e alinhadas à nossa realidade, contribuindo para aprofundar a discussão na Conferência.
Já participou de eventos semelhantes pela grandeza?
Ao longo da minha trajetória acadêmica e profissional, participei de simpósios e eventos de grande porte. No entanto, esse encontro possui um significado particularmente especial, não apenas pela magnitude, mas como uma plataforma para o estímulo à produção intelectual e à proposição de novos paradigmas para a educação.
A natureza do evento me oferece a oportunidade de expandir minha perspectiva, de fomentar a reflexão crítica, de me conectar com novos atores e estabelecer parcerias estratégicas que podem impulsionar o avanço da educação técnica e tecnológica no País.
O senhor estará todos os dias no Simpósio?
Estarei presente diariamente no evento para maximizar o intercâmbio de conhecimentos e oportunidades. Minha participação se dará em diferentes frentes: na condição de professor e palestrante, compartilhando as práticas de nossa instituição; como pesquisador, apresentando meu trabalho e debatendo com outros pares da área; e, também, como ouvinte, absorvendo o conhecimento e as novas perspectivas apresentadas, o que é fundamental para minha atuação profissional e acadêmica.
Está definida quando será sua participação?
Sim, de 17 a 19, vou participar do Simpósio em dois momentos, ambos refletindo a interdisciplinaridade de minha atuação. O primeiro, em uma oficina que intitulei ‘MOSTREI LAB – Modelagem de Soluções Sustentáveis em Rede Design Thinking, ODS e CTS para Replicabilidade na Educação e Ecossistemas de Inovação’, está previsto para o horário das 8 h às 9h30.
O segundo momento, agendado entre as 14 e 16 horas, será em uma comunicação oral no grupo temático Interfaces entre Ciência, Tecnologia e Educação, com uma apresentação intitulada ‘Governança Educacional Crítica: Diálogos entre CTS, Sociedade de Risco e Agenda 2030 para a Educação Sustentável’.
Será então na oficina que o senhor vai abordar como se deu a implantação da MOSTREI na Etec?
Sim, isso se dará especialmente na oficina que irei conduzir. Minha ideia é demonstrar que a MOSTREI não é apenas um evento, mas um reflexo da abordagem estratégica para o ensino. O ponto que desejo destacar está relacionado à metodologia para construção do pensamento crítico e reflexivo, para o desenvolvimento econômico sustentável. A MOSTREI foi concebida para alinhar as iniciativas de nossos alunos e da comunidade com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e com os princípios de Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS). Quero abordar também a maneira como conseguimos fomentar um ecossistema de inovação local, com foco na replicabilidade, mostrando como o processo pode ser adaptado para outras instituições e contextos.
Como pretende apresentar o trabalho que desenvolve na Etec, aliando às atividades que o CPS oferece?
Toda a minha apresentação é fruto de minha pesquisa aplicada na escola técnica. Por isso, meu discurso está alinhado com a identidade e a missão do Centro Paula Souza (CPS). Essa consonância se dá pela abertura que a instituição nos oferece, permitindo um ambiente fértil para a inovação.
O que desenvolvo na Etec de Ibaté só é viável graças a essa liberdade para a construção do conhecimento, ao estímulo para o desenvolvimento de projetos e à forte relação com o mercado e com as políticas públicas. Em meu papel de superintendente da unidade de ensino, atuo como um agente catalisador, garantindo que a prática pedagógica e a pesquisa estejam em total sinergia com o ecossistema que o CPS fomenta.
O senhor está otimista com a realização da COP30 no Brasil?
Além da importância, a realização da COP 30 em Belém carrega um simbolismo único. O evento acontece na Amazônia, o que posiciona a questão florestal, os povos indígenas e a biodiversidade no centro do debate global sobre o clima. Essa proximidade com a realidade das florestas tropicais e com as comunidades locais podem transformar a Conferência em um encontro focado em soluções práticas e na implementação de ações.
No entanto, é fundamental ter uma visão crítica ao analisar o progresso dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Isso porque o avanço global na implementação dos ODS tem sido lento, daí a necessidade de se ter uma postura ativa e crítica para que as metas se traduzam em resultados concretos.
Quando participa de eventos externos, costuma repassar à comunidade acadêmica o que ouviu?
Com certeza. Esse repasse de conhecimento é parte integrante de minha participação e ocorre em dois movimentos: primeiramente, me reúno com o grupo de gestão da unidade escolar para apresentar o que o evento ofereceu, buscando nutrir um ambiente colaborativo e de inovação com a equipe de trabalho. Depois, de forma planejada, compartilho o que vi e aprendi com o corpo docente, visando construir a aderência e o engajamento necessários aos futuros movimentos e inovações em nossa comunidade acadêmica, para que as ideias se transformem em ações concretas.
Com o simpósio se aproximando, como está sua expectativa com o evento em Belém?
Minha expectativa é imensa e tem crescido, principalmente pela oportunidade de interagir com os pesquisadores e referências de prestígio para o campo de estudo. Ao mesmo tempo, tenho consciência da minha responsabilidade ao representar uma instituição como o Centro Paula Souza, pela sua importância para o Estado de São Paulo, em razão da qualidade do ensino profissional que oferece.
Saiba mais sobre o 11º Simpósio de Ciência, Tecnologia e Sociedade, nos links abaixo:
Página Oficial: https://11simposioesocite.ufpa.br/
Página da Oficina: https://11simposioesocite.ufpa.br/?page_id=662
Programação Geral: https://11simposioesocite.ufpa.br/?page_id=672
Site Oficial: https://www.esocite.org.br/