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Horta urbana da Fatec Rio Preto reaproveita água de ar condicionado

Canteiros e irrigação automatizada foram feitos por professores e estudantes dos cursos superiores de tecnologia em Agronegócio e Análise e Desenvolvimento de Sistemas

12 de dezembro de 2022 10:17 am Projetos

Os professores Mário Pardo e Teresa Gorayeb na horta urbana automatizada da Fatec Rio Preto l Foto: Divulgação

Professores e estudantes da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) São José do Rio Preto desenvolvem um projeto que coloca a tecnologia a serviço da alimentação saudável e do meio ambiente.
Trata-se da horta urbana irrigada com água reaproveitada dos aparelhos de ar condicionado da unidade.

A ideia surgiu quando a coordenadora do curso superior de tecnologia em Agronegócio da Fatec, Teresa Castilho Gorayeb, participou de uma capacitação na Administração Central do Centro Paula Souza (CPS) sobre cultivo de plantas alimentícias não convencionais, as chamadas Pancs, em 2019.

“Como tínhamos de apresentar um projeto para concluir o curso, pensei na implantação de uma horta com irrigação automatizada dentro da área da Fatec”, lembra Teresa. “Foi então que propus que meus estudantes de Agronegócio desenvolvessem a ideia como trabalho de graduação.”

Desde então, foram sucessivos trabalhos de conclusão de curso utilizando o espaço da Fatec para o cultivo da horta, construção de estufas e desenvolvimento do processo de irrigação. O protótipo capta água de um dos aparelhos de ar condicionado da unidade, armazena em uma caixa d’água e a reutiliza para molhar os canteiros de hortaliças. A irrigação é feita por gotejamento.

“Os alunos fizeram a elaboração junto comigo e determinaram o que era necessário, realizaram o levantamento dos materiais e equipamentos, tipo de canteiro, estrutura e planta do projeto”, explica a coordenadora do curso. São eles Dilermando Bergamo Rodrigues, Gonçalo Roberto Vicente, João Vitor Lima dos Santos e Joelma de Oliveira Souza.

Tecnologia

Para automatizar o sistema, foi necessária a ajuda do pessoal do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas. “Fui integrado ao projeto como pesquisador e desenvolvedor da parte de soluções de TI para esse nicho”, afirma o professor do curso de ADS e coordenador de Informática para Negócios, Mário de Souza Pardo.

O sistema automatizado funciona com sensores de umidade de solo, que indicam a necessidade de irrigação ou não. O software de controle foi programado para três modos de funcionamento. O automático, que lê a porcentagem de umidade e compara com os parâmetros de mínimo e máximo de umidade permitidos naquela cultura e aciona a irrigação sob demanda; o modo manual, que é acionado via aplicativo móvel no smartphone; e o modo de agendamento, no qual o operador do aplicativo configura os horários específicos do dia com período de início e fim para a irrigação todos os dias.

“Como trabalho de conclusão de curso, os estudantes ajudaram a projetar desde o hardware que compõe a solução eletrônica automatizada, instalação de fiação e desenvolveram toda a camada de software do projeto”, explica Pardo.

Participaram do projeto os estudantes David Teixeira dos Santos, Matheus Rufato Santana de Oliveira, Sandro Caires e Marcelo Henrique de Souza Braga. Mas ainda há diversas possibilidades de desenvolvimento, tanto na perspectiva do Agronegócio quanto da tecnologia. “Para os desafios futuros, iremos recrutar outros alunos que queiram se engajar da iniciativa e produzir novos trabalhos e resultados”, afirma Pardo.

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