Entre tantas atividades, professores, alunos e visitantes aproveitam também os encontros que ampliam suas conexões
Erick Henrique Martins, da Fatec Jahu, experimenta os óculos virtuais de uma das ativações | Foto: Divulgação
A música ecoa por todo o espaço. Os estudantes, vindos de diferentes regiões do Estado, vibram a cada vitória na arena de robótica, passeiam pelos 157 estandes de projetos, colecionam botons e adesivos, que colam em seus crachás. Há ainda os que param para ver Lukin em ação – o grafiteiro que produz duas telas durante dois dias na festa em que se transformou a 16ª edição da Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (Feteps).
Circulando pelos corredores está Melissa Oliveira, que cursa o primeiro semestre de Gastronomia da Escola Técnica Estadual (Etec) Carlos de Campos, em sua primeira visita a uma Feteps. Quer prestigiar sua escola, que vende pães e bolos no Espaço MercadoTec, onde são comercializados produtos feitos pelos estudantes do Centro Paula Souza (CPS) em aulas práticas (e também em projetos integradores ou atividades extracurriculares).
É a primeira vez também do MercadoTec em uma Feteps. “É tudo interessante”, diz Melissa, acompanhada da colega de classe Victória Baptista da Costa e de sua mãe, Daniela Baptista da Cruz. Ex-aluna da Etec Jaraguá, da Capital, Daniela parece tão entusiasmada quanto as meninas. “Ainda vamos circular mais, está fácil identificar os expositores”, elogiou.
Lugar próprio para aprendizagem
Relaxando nos pufes próximos do palco, estão Maria Beatriz Amaya Villalta e Carlos Mauricio Garcia Morales, professores da Universidad Dr. Andrés Bello, de El Salvador, instituição parceira do Centro Paula Souza. Estão na Feteps pela primeira vez, ainda nem viram toda a feira, mas já têm um diagnóstico preciso: “O lugar é excelente”, diz Maria Beatriz. “É muito seguro, próprio para a aprendizagem dos estudantes e para que conheçam outros projetos, façam contatos, conquistem oportunidades.”
“Pelos trabalhos que vimos, sustentabilidade é um tema comum a muitos estudantes”, avalia Carlos Morales. Já o aluno salvadorenho Kevin Alexander Matamoros contabiliza mais de dez amizades travadas em menos de dois dias.
Estudantes no ringue
Bianca Farias da Silva e Giovanna da Silva cursam Análise e Desenvolvimento de Sistemas na Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Zona Leste. Trouxeram o projeto WearSense, o sentido de vestir, que auxilia deficientes visuais a escolher adequadamente suas roupas e se revezam com a terceira autora do projeto, Ana de Oliveira, nas expedições de reconhecimento pelos estandes. “Está todo mundo animado”, avisa Bianca, aumentando o volume da voz, então abafada pelo entusiasmo da turma da robótica, em plena competição.
Erick Henrique Martins, do curso de Gestão da Produção Industrial da Fatec Jahu, de Jaú, está ofegante quando tira os óculos de realidade virtual – ativação trazida por um dos apoiadores. Por cerca de um minuto – o tempo inferior ao de um round – ele lutou em um ringue de boxe virtual. Deixou por algum tempo os colegas, que apresentam com ele o projeto Futebol de botão inclusivo, para circular pela feira. “Estou gostando muito”, conta. “Já conversei com vários expositores, incluindo os estrangeiros”. Passado algum tempo, já refeito da luta, Erick voltou para que os colegas circulassem, descobrindo projetos, fazendo amigos e ampliando os horizontes.