Implementada na unidade no início de outubro, iniciativa pretende melhorar comunicação na escola e em suas extensões, além de atribuir novas competências aos jovens
Estudantes Micaelly, Júlia e Natally estão envolvidas no projeto desde as primeiras atividades | Foto: Divulgação
A ideia de criar uma agência experimental nasceu com Mabel Zeballos, jornalista e assessora técnica administrativa da Escola Técnica Estadual (Etec) de Sapopemba, na Capital, para aprimorar a comunicação dentro da unidade e também nas classes descentralizadas localizadas nos Centros Educacionais Unificados (CEUs) São Rafael e Sapopemba.
Depois de conversar com Fagner Fortunato de Lima, professor do curso técnico de Marketing e Administração, e outros docentes, Mabel propôs que os alunos se submetessem a um processo seletivo, respondendo perguntas sobre sua área de atuação e lançando mão da criatividade para produzir uma publicação.
Feita a prova, três jovens se destacaram: Natally Santos da Silva e Júlia Alexandre da Silva, alunas do curso de Administração, e Micaelly Nataly da Silva, do curso de Marketing. O passo seguinte seria estruturar a agência e distribuir tarefas. No começo de outubro, estava no ar a Comunica – Agência Experimental.
Competências multidisciplinares
“Com esse projeto pretendemos aproximar os estudantes da prática profissional”, avalia o Fortunato. “Isso envolve uma série de competências e habilidades multidisciplinares, que vão desde o planejamento e identificação de demandas e pautas à apuração de informações, checagem de autorizações e autoria de imagens, além de produção textual informativa, criação e diagramação de artes gráficas, uso de redes sociais e acompanhamento de métricas para tomada de decisões”, descreve.
Passado o mês de estreia, o grupo está entusiasmado. “Estou vivenciando o meu curso, é muito enriquecedor”, conta Júlia. “Com o marketing institucional da agência, esperamos aumentar o número de inscrições no Vestibulinho”, acredita Natally.
Micaelly faz coro às colegas: “Acredito que a agência terá um papel importante para a consolidação da imagem da nossa Etec, na circulação da comunicação e no nosso desenvolvimento no decorrer do curso”, diz.
Carreira reavaliada
O cronograma é rigoroso. “Temos reunião de alinhamento uma vez por semana e, duas vezes por semana, durante uma hora, a sala maker é agendada para fazermos a produção”, conta Júlia, que vem reavaliando a futura trajetória desde que se envolveu com o projeto. “Quero seguir na área de comunicação e já penso em trabalhar com publicidade”, diz a estudante.
“A agência experimental vem para aprimorar a comunicação interna e externa da escola e também para que os alunos possam testar na prática as técnicas que aprendem em sala de aula”, define Mabel, especialista em Comunicação, que teve ainda a colaboração dos coordenadores de curso William Reis, Júlio César Rabelo e Sandra Paula, além do diretor da unidade, Wagner Pereira.
“O ganho educacional é gigantesco, são aprendizagens que vão além do curso e do cotidiano escolar; os alunos levarão esses conhecimentos para toda a vida, em diferentes contextos”, ressalta Fortunato.
Por enquanto, a agência opera como um piloto do projeto que deve se consolidar no próximo semestre. “Entendendo melhor como os processos acontecem internamente na unidade de ensino, a intenção é que possamos envolver nas atividades da agência os demais alunos e professores de diferentes eixos tecnológicos e classes descentralizadas”, informa o professor.