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Etec de Pirassununga cria sistema para gerenciar canis

Projeto de alunos visa informatizar abrigos de animais; proposta inclui banco de dados, divulgação de doação e triagem para definir qual família se adapta melhor a cada pet

31 de janeiro de 2019 10:34 am Etec

Feito para o Canil Municipal, programa terá registro de identificação para os animais e interessados em adoção | Imagem: Divulgação

*Devido à legislação eleitoral, tanto o site quanto as redes sociais do CPS deixaram de ser alimentados entre julho e outubro de 2018. Neste período, informações de interesse da população foram veiculadas exclusivamente por meio de releases enviados à imprensa. Algumas matérias serão publicadas neste início de 2019, como esta notícia divulgada originalmente em 3 de setembro pela Agência de Boas Ideias.

Cerca de 30 milhões de animais estão abandonados no Brasil, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Muitos pets vão parar em canis públicos enquanto aguardam uma adoção, que nem sempre dá certo. Pensando em desburocratizar o registro dos dados dos bichos e incentivar outras melhorias, como campanhas para estimular as doações, alunas do curso técnico de Informática integrado ao Ensino Médio da Escola Técnica Estadual (Etec) Tenente Aviador Gustavo Klug, de Pirassununga, desenvolveram o Sistema de Gerenciamento de Canis.

A ideia de criar um programa e um site para a equipe do canil surgiu na busca por um tema para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) das estudantes Johanna Mettler, Nívia Ribeiro e Vanessa dos Anjos. No final de 2017, Johanna iniciou uma pesquisa no programa de Pré-Iniciação Científica da Universidade de São Paulo (USP), no qual foi matriculada por meio da Etec, e passou a ter contato com a equipe do Canil Municipal de Pirassununga.

Na época, a instituição iniciava a colocação dos chips nos cães – a peça, com informações gravadas, é inserida sob a pele do animal, facilitando sua identificação.

O programa e o site estão passando por ajustes, mas o grupo já apresentou a proposta do sistema à equipe do Canil Municipal. A resposta foi positiva e a instituição está apoiando o projeto. A ideia é que o trabalho esteja concluído no primeiro semestre de 2019.

“Durante a pesquisa de campo na instituição, além da ausência de um banco de dados, descobrimos algumas falhas que poderiam ser corrigidas e pontos a ser melhorados”, conta Johanna. “Havia excesso de papéis, tudo era anotado em cadernos.”

Além das informações que são colocadas nos microchips, o programa conta com as características de cada raça e, se necessário, a medicação indicada aos pets. Outra novidade é a possibilidade de o sistema realizar uma triagem, por meio de  formulário com perguntas específicas, para saber qual família se adaptaria melhor a cada animal, diminuindo o risco de rejeição. O site receberá conteúdo semanal com a agenda de eventos, como feiras de adoção na região e os cães disponíveis para adoção.

Abandono

Segundo a professora do curso técnico de Informática integrado ao Ensino Médio e orientadora do projeto, Joseli Benine, às vezes, os cães adotados fogem por não serem bem cuidados ou por contraírem alguma doença. Em outros casos, os donos acham mais fácil largar o animal na rua e adotar outro que tratar a doença de seu pet. Abandonados, os bichos acabam voltando ao canil.

“Com as informações cadastradas em um banco de dados, o canil tem controle maior sobre quem está adotando um bicho. Essa prática ajuda a evitar que pessoas que sempre abandonam  ou maltratam seus animais  possam adotar novamente”, completa a professora.

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