Desde junho de 2016, foram produzidas 400 mudas a partir da técnica, que serão utilizadas para fins didáticos e para reflorestamento do terreno da Etec. Domínio do procedimento pode ser diferencial de alunos para o mercado de trabalho
Técnica é utilizada para produzir árvores mais uniformes e com maior viabilidade comercial l Foto: Divulgação
Estudantes dos cursos técnicos de Meio Ambiente e de Agropecuária integrado ao Ensino Médio da Escola Técnica Estadual (Etec) Padre José Nunes Dias, de Monte Aprazível, na região de São José do Rio Preto, desenvolveram um projeto de clonagem e melhoramento genético de mudas de eucalipto. A técnica é utilizada para produzir árvores mais uniformes e com maior viabilidade comercial.
Desde junho de 2016, já foram produzidas 400 mudas na Etec a partir do processo de clonagem. No primeiro momento, as plantas serão utilizadas no aprendizado dos alunos e para reflorestamento da própria unidade. Está em estudo uma parceria com a prefeitura do município visando expandir a produção.
O domínio da técnica pode ser um grande diferencial para a inserção dos estudantes no mercado de trabalho. “O conhecimento amplia a chance de os alunos trabalharem em empresas de reflorestamento, em propriedades rurais próprias ou de terceiros”, avalia o orientador do projeto, Antonio Donizetti Sonego.
Economia e meio ambiente
Sonego explica que, apurando a genética, é possível produzir madeira de qualidade superior, seja para fabricação de celulose, carvão vegetal ou para uso nas construções rurais. A principal vantagem das mudas clonadas é que herdam todas as características da planta mãe, como altura, diâmetro, resistência, entre outras.
“O eucalipto é uma planta importante no aspecto econômico pela versatilidade e rápido desenvolvimento. Após um simples tratamento, se compara às principais madeiras de lei de alto custo. Ambientalmente falando, também é fundamental para ações de reflorestamento”, afirma o orientador do projeto.
Para o desenvolvimento da técnica, Etec de Monte Aprazível contou com a colaboração do Viveiro Camará, que forneceu o material genético. “Nós entramos com parte do conhecimento técnico, os substratos e fertilizantes recomendados”, diz Sonego.