Temperatura, volume de chuva, umidade do ar e outras informações climáticas agora podem ser medidas pela Estação Meteorológica Compacta Online (EMCO) desenvolvida por alunos de Automação Industrial da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Tatuí. […]
Temperatura, volume de chuva, umidade do ar e outras informações climáticas agora podem ser medidas pela Estação Meteorológica Compacta Online (EMCO) desenvolvida por alunos de Automação Industrial da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Tatuí. Além do uso pedagógico em aulas de física, por exemplo, a estação pode ser adotada por cidades que desejem uma alternativa aos altos custos dos equipamentos disponíveis no mercado.
O projeto é um dos selecionados para ser apresentado na 9ª Feira Tecnológica do Centro Paula Souza, a Feteps, que ocorre entre 21 e 23 de outubro, no Expo Barra Funda, na Capital.
O modelo foi desenvolvido durante trabalho de graduação por José Celso Cornoló Junior, Wilson Deyvison Gomes e Enéias Elias do Prado, sob orientação do professor Otavio Gaijutis. Juntos, eles pesquisaram e adaptaram sensores para alcançar a medição de nove eventos do clima de forma menos complexa que as estações meteorológicas comerciais e com o uso de softwares livres.
Os dados captados pela estação são transmitidos de forma instantânea por uma rede de internet sem fio e atualizados em tempo real em um endereço web, que poderá ser consultado por qualquer usuário. Além de acessar os dados, o interessado terá um espaço para colaborar com informações do tempo da cidade onde estiver, na forma de comentário.
Em breve, esse sistema deve ficar disponível também para usuários de smartphones.
Outros diferenciais da estação produzida pela Fatec são seu tamanho – pode ser implantada em pouco mais de 1 metro quadrado – e facilidade de operação e manutenção, além de sua capacidade de armazenar os dados capturados, que poderão ser usados por meteorologistas para a geração de relatórios e previsões do tempo.
A estação foi montada em laboratório e será instalada definitivamente na Fatec Tatuí, com o acréscimo de um painel de energia solar que terá a função de gerar energia para garantir o funcionamento dos equipamentos.
Baixo custo
Gaijutis vê nos baixos custos de produção uma das maiores vantagens da estação. “Com a produção e a mão de obra para a implantação, o investimento não ultrapassaria os R$ 10 mil, o que equivale a 10% do valor do que há disponível hoje no mercado”, explica. Pequenas cidades, por exemplo, encontrariam uma alternativa aos altos custos de uma estação meteorológica comercial com eficácia equivalente.
Para o ex-aluno José Celso Cornoló Junior, o modelo também pode ser utilizado para fins pedagógicos. “Além de servir às indústrias e à agricultura, o nosso projeto pode ser aplicado até mesmo nas Etecs (Escolas Técnicas Estaduais), apresentando os conceitos nas aulas de física, por exemplo”. O trabalho elaborado em Tatuí é um dos mais de 200 projetos criados por estudantes de Etecs, Fatecs e instituições de ensino de outros Estados e países. A edição deste ano recebeu mais de mil inscrições.