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Destinos próximos a Paris exibem de palácios a belezas naturais

Nesta edição da série especial do CPS em homenagem à Olimpíada, professor e historiador Marcelo de Paiva fala sobre o que conhecer ao redor da capital francesa

30 de julho de 2024 9:28 am Esportes

Marcelo de Paiva, professor da Etec Tiquatira, destaca atrações culturais e históricas | Fotos: Miguel Cuesta, Dani*D, J.Braukmann e Zairon

É possível conhecer roteiros interessantes nos arredores de Paris em apenas um dia. Para isso, Marcelo de Paiva, professor da Escola Técnica Estadual (Etec) Tiquatira, da Capital, sugere que o visitante adquira o bilhete Navigo toutes zones (todas as zonas). “A RER, rede ferroviária equivalente à CPTM na Grande São Paulo, faz conexão com o metrô de Paris e alcança, por exemplo, a pequena cidade de Versalhes, onde está o luxuoso palácio que Luís XIV, o rei Sol, mandou construir; além do castelo de Fontainebleau, o favorito de Napoleão Bonaparte; a cidade medieval de Provins e a Catedral de Saint-Denis, com sua impressionante arquitetura gótica, em que estão sepultados os reis da França”, indica Paiva.

A partir de Paris há trens para outras grandes cidades da França, como Marselha, Lyon, Toulouse, Nantes e Bordeaux, que também valem a visita. O professor sugere uma viagem à Normandia, ao norte de Paris, lugar especial pela sua história. “Foi uma das regiões mais destruídas durante a Segunda Guerra Mundial”, define o professor, que indica cidades como Giverny, “onde está a casa de campo de Monet, com seu famoso jardim; Rouen, capital da Normandia; Fécamp, uma cidade de pescadores; Étretat, famosa por suas falésias; Le Havre, na foz do Rio Sena, onde fica o Volcan, centro cultural projetado em 1980 pelo arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer”, descreve.

Há inúmeras outras preciosidades locais, de acordo com o professor, como Amiens, na região da Alta França, que abriga a maior catedral gótica do país e onde o escritor Júlio Verne (1828-1905) passou seus últimos anos. “A casa do autor que inaugurou o gênero de ficção científica, maravilhado com os avanços tecnológicos possibilitados pelo desenvolvimento das ciências, foi transformada em um museu sobre sua vida”, diz Paiva. “Há ainda a impressionante cidade medieval do Mont Saint-Michel, a região do Vale de Loire, berço do renascimento francês, e Reims, na região de Champagne, famosa pela catedral onde os reis franceses eram coroados”.

‘Jeitinho francês

Sair de Paris em direção a outras localidades da França significa mais do que uma mudança de paisagem e de atrações culturais. O tratamento dispensado aos visitantes é menos ríspido do que entre os parisienses, conhecidos pelo mau humor. Paiva explica o que pode fazer a convivência ocorrer de forma mais harmônica. “O povo francês em geral valoriza muito as formules de politesse (boas maneiras em tradução livre). Bonjour (bom dia), merci (obrigado), pardon (com licença ou também desculpe) e s’il vous plaît (por favor) são expressões indispensáveis do dia a dia francês”, conta. Basta lembrar a primeira cena do desenho A Bela e a Fera, em que a protagonista Belle sai dizendo bonjour incansavelmente por seu vilarejo. Aliás, para dizer que uma pessoa é antipática, diz-se que ela ‘não dá bom dia a todos’.

Observar essas expressões ajuda muito, mas há outras peculiaridades que o visitante precisa ficar atento para ter uma boa estada no país. Paiva lembra uma das situações que costumam colocar o brasileiro em uma saia justa. “Em um restaurante, é considerado ofensivo pedir qualquer mudança em uma receita, como substituir ou retirar algum ingrediente. Por outro lado, quem te atender ficará feliz em descrever o prato em detalhes, destacando as especialidades da casa. Elogios e gorjetas, naturalmente, são sempre bem-vindos”. 

Fazer barulho depois das dez horas da noite não é aceito com naturalidade. “Os franceses podem não parecer receptivos para nós, brasileiros, que somos muito calorosos. Por outro lado, têm um invejável espírito de convivência no espaço público”, conclui o professor.

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