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CPS debate a arte na educação na presença de personalidades

Diretrizes para a arte e a cultura na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foram o ponto central do evento que reuniu pensadores em torno do tema

13 de novembro de 2025 9:09 am Institucional

Da esq. para a dir., Maycon Geres, Cesar Callegari e Claudio Anjos no CPS: a arte nas diretrizes da base curricular | Foto: Roberto Sungi

Nesta quarta-feira (12), o Centro Paula Souza (CPS) sediou a Conferência Arte na Escola: A BNCC e as intersecções entre Arte, Cultura e Educação. O objetivo do encontro foi a discussão dos caminhos da arte na educação, salientando seu papel em todos os níveis de ensino e fortalecendo projetos de arte e cultura nas escolas.

Para Clóvis Dias, presidente do CPS, “a formação dos jovens em arte é necessária em todos níveis do aprendizado; assim se constrói uma personalidade humanista, indispensável a qualquer profissional”.

O vice-presidente do Paula Souza, Maycon Geres, destacou a necessidade de valorização da cultura regional. “Vemos como é importante para os jovens ter referências locais, assistir às pessoas que se destacam na sua comunidade, no seu entorno”, disse, lembrando a relevância das expressões artísticas regionais. “A arte é fundamental na composição da base curricular”, acrescentou. “Ela desenvolve tanto a criatividade e a expressividade como a cognição, amplia a capacitade de compreensão do mundo e de outras culturas”.

Responsável pela Superintendência de Desenvolvimento de Materiais e Programas Pedagógicos, Lucília Guerra, agradeceu a presença dos convidados. “Para o Centro Paula Souza é uma grande honra fazer parte, como polo, da rede Arte na Escola. O tema A BNCC e as intercecções entre Arte , Cultura e Educação nos conduz a reflexões significativas, pois em um processo de mudança que tem acontecido nos últimos anos no Ensino Médio, a arte nem sempre teve seu lugar defendido adequadamente.”

Habilidades valorizadas

Em seguida, o presidente do Instituto Arte na Escola, Claudio Anjos, trouxe dados que colocam em evidência a necessidade do ensino de arte no desenvolvimento da cidadania e também do pensamento crítico e inovação. Um desses indicadores vem do National Health Service (NHS), serviço público de saúde do Reino Unido, que liberou uma portaria permitindo aos médicos a prescrição de aulas de arte para o público, com excelentes resultados na saúde mental dos cidadãos.

Cesar Callegari, presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), assinalou que os relatórios publicados no começo deste ano pelo Fórum Econômico Mundial, mostram que um levantamento elaborado com 2 mil CEOs dos mais diferentes ramos da economia do mundo indica quais as principais habilidades a serem asseguradas nos próximos cinco anos. Entre essas elas, empatia, liderança social, criatividade e pensamento crítico e criativo vêm subindo no ranking das prioridades. “Questões como letramento tecnológico sempre estão no topo, mas é interessante perceber como até na percepção de grandes empresários essas habilidades são cada vez mais valorizadas”, afirmou.

A mesa de debates contou ainda com Alexsandro do Nascimento Santos, diretor de Políticas e Diretrizes da  Educação Integral Básica do Ministério da Educação e Cultura (MEC) e Mariangela Ferreira Andrade, diretora de Educação e Formação Artística (SEFLI/MinC), com mediação de Danuza Rangel, Coordenadora Pedagógica do Polo Arte na Escola. Durval Mantovaninni, coordenador de projetos na área de artes do Ensino Médio, foi o responsável pela realização do evento.

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